28 fevereiro 2017

Resenha | Apenas um Garoto

 Olá,leitores!
Vocês estão bem? E o carnaval? Eu prefiro passar o feriado de carnaval calmamente em casa, como não posso viajar para algum lugar sossegado fico fazendo o que mais amo... Curtindo minha família em casa, lendo muito e assistindo séries e filmes. E vocês?
 Mas hoje vim aqui para falar de um livro bem especial que li ainda em 2016, "Apenas um Garoto". Antes de mais nada não entro na internet para levantar bandeiras para nenhuma causa. Adianto isso pois esse é um livro LGBT. Eu sou um espírito livre e tento ao máximo não julgar as pessoas, olho para meu semelhante e tento me colocar no lugar dele, por isso quis demais esse livro. A sinopse me deixou muito curiosa e o trabalho que a editora fez na capa ficou muito lindo. Portanto, venha comigo saber minhas impressões sobre a obra... \o

Apenas um Garoto - Bill Konigsberg


Rafe saiu do armário aos 13 anos e nunca sofreu bullying. Mas está cansado de ser rotulado como o garoto gay, o porta-voz de uma causa.Por isso ele decide entrar numa escola só para meninos em outro estado e manter sua orientação sexual em segredo: não com o objetivo de voltar para o armário e sim para nascer de novo, como uma folha em branco.O plano funciona no início, e ele chega até a fazer parte do grupo dos atletas e do time de futebol. Mas as coisas se complicam quando ele percebe que está se apaixonando por um de seus novos amigos héteros.
Ficção / LGBT / GLS / Literatura Estrangeira / Romance

Cortesia Editora Arqueiro  O livro no Skoob

  
 

Apenas um Garoto é uma leitura espirituosa e estimulante sobre a identidade e os rótulos que nos definem.
A pergunta é: Você pode esconder uma parte importante de si mesmo do mundo e ainda ser você?
Rafe Goldberg está na escola secundária e é gay. Ele mora em Boulder - Colorado com seus pais que o apoiam enormemente desde sempre. Ele saiu do armário aos treze anos, como a sinopse já nos conta e desde então não passou por qualquer sofrimento ou pressão por parte dos pais e de todos na pequena Boulder. Todos levaram numa boa, inclusive numa festa os balões de comemoração estavam escritos “Yay! Rafe é gay”. Ele não se sentia intimidado e até palestrou em outras escolas sobre suas experiências positivas em geral.
Mas, Rafe sente algo incômodo... Ele se enxerga mais do que um advogado gay, mais do que um jogador de futebol gay, ele consegue se vir um futuro escritor gay, mas ele sabe e sente que o rótulo “gay” é o que se destaca sobre sua persona.
Então o que ele decide é começar de novo numa escola nova fora de sua zona de conforto, longe de sua cidade pequena, longe das pessoas que o identificam como o menino que saiu do armário e tem pais “super desencanados”. Ele agora vai para um internato de meninos em Massachusetts. Imediatamente Rafe se engaja no grupo de atletas da escola e fica entusiasmado pelo fato de ser tão bem recebido e que o vejam apenas como mais um atleta no meio deles. Rafe então decide manter sua sexualidade em segredo e desfruta desse anonimato. 
No decorrer da leitura eu senti muita aflição pelo rapaz, pois a história poderia acabar por machucá-lo muito. Mentiras têm pernas curtas e todos sabem disso. Eu entendia suas intenções e desejos e se você leitor concorda comigo que o homossexual só quer ser aceito irá entender também, mas que drama. Rafe se apaixona por um dos seus colegas, Ben.  Ben é inteligente, sensível, articulado e totalmente sonhador, mas ele é heterossexual. Ou não?
A amizade dos dois transcende rótulos, mas tudo é uma mentira e Rafe não sabe como dirá a verdade a Ben.
Eu realmente adorei o livro, gostei muito de fazer uma introspecção sobre a história de Rafe, até porque sou mãe e os pais devem matutar sobre isso, é o que penso.
Rafe é um personagem intrigante e irritante ao mesmo tempo, contudo o fato de ter sido aceito quando revelou sua homossexualidade não foi o bastante para que se sentisse em paz, aceitar sua dramaticidade e imaturidade faz parte, faz o leitor aprender. Ben é apaixonante e sua amizade por Rafe é muito doce. 
Enfim, todos os personagens são interessante cada qual no seu contexto.
História engraçada, refrescante e que dá o que pensar se você abrir sua mente e coração. O autor me surpreendeu positivamente e inclusive acho que “Apenas um Garoto” deveria ser adotado no ensino médio assim como outros livros cuja temática seja a homossexualidade.
Eu gosto conversar sobre isso com meus filhos, não tenho nenhum pudor ou preconceito muito pelo contrário.
A luta LGBT pela aceitação em vários aspectos vem ganhando causas e em algumas áreas eles podem respirar aliviados, pelo menos em alguns países. Mas em outros a repressão é intensa e tensa, a hipocrisia da sociedade é enorme. Precisamos ajuda-los, o índice de pré-adolescentes, adolescentes e jovens que se suicidam por medo de não serem aceitos é alarmante, infelizmente. Preciso falar mais? Recomendo o livro para ontem!






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