22 julho 2013

Livro De Cabeceira #1 | Fico Besta Quando Me Entendem


Um grande boa noite para vocês, tracinhas!
Hoje inauguro uma coluna diferente. Diferente pois, ela não terá um tempo certo de postagem.
Vou explicar: o meu livro de cabeceira é aquele livro especial, que não será lido rapidamente, ele precisa ser degustado e compreendido aos poucos, então ele irá ficar um bom tempo na minha cabeceira, literalmente. Minha cama tem uma plataforma mais larga na cabeceira, o que é uma "mão na roda" pra mim, não preciso de criados, então... Voilà...
Não vou me alongar, acho que vocês entenderam a ideia da coluna. Que sejam livros biográficos, auto-ajuda, poesias ou como esse meu primeiro livro de cabeceira, são livros que fazem parte de nossas noites insones, que pegamos pra ler por partes, pois são intensos.


Na minha cabeceira está o livro Fico besta quando me entendem ( Entrevistas com Hilda Hilst). 
Livro este que me foi cedido como cortesia pela parceria Globo Livros.

Fico besta quando me entendem

(Entrevistas com Hilda Hilst - Cristiano Diniz (Org.) )

Sinopse
   Uma das mais importantes vozes literárias do Brasil, Hilda Hilst (1930 – 2004) se queixou durante toda a vida do silêncio em torno de sua obra – incompreensão da crítica, distância do público e descaso dos editores. As vinte entrevistas reunidas em Fico besta quando me entendem, lançamento da Biblioteca Azul – editora completa de sua obra –, foram feitas de 1952 a 2002 em diversas ocasiões, como o lançamento de um de seus títulos, a estreia de uma de suas peças ou, mais tarde, em uma homenagem e tentativa de compreender sua obra. Mais do que pretender dar voz às queixas que foram responsáveis por uma imagem muitas vezes arredia da autora, a reunião dessas conversas é uma preciosa aproximação de seu universo, da forma como Hilda encarava a vida, a literatura, os amigos, o amor e a morte. E desvendam, ao longo de vinte anos, uma mulher sensível, bem humorada, ávida por ser lida – não apenas por vaidade, mas pela certeza de ter o que comunicar. Considerada uma das mais importantes escritoras contemporâneas do Brasil, Hilda Hilst produziu, ao longo de cinquenta anos, um universo literário composto de poesia, teatro, prosa de ficção e crônicas. Seu texto, muitas vezes considerado controverso pela crítica, é denso, duro, viril, mas mantém o lirismo da poeta e a vontade de comunicar os mistérios do mundo. Nesse emaranhado literário, muitas vezes o leitor se perde: há um limite entre a prosa e a poesia? A prosa não pode ser também lida teatralmente? A sátira das crônicas não está também presente em alguns poemas? A crítica tem se voltado à tentativa de compreender essas questões. No entanto, o que se vê com as entrevistas reunidas em Fico besta quando me entendem é que quem é mais capaz de determinar essas fronteiras entre os gêneros literários produzidos por Hilda Hilst é ela mesma. Muitas vezes tida como obscura, árida e mesmo obscena, Hilda, na conversa pessoal, bem-humorada e explicativa, tendo como interlocutores leitores finos e amigos íntimos, demonstra nessa reunião de conversas uma séria consciência na construção de sua obra e uma análise perspicaz de sua personalidade. As entrevistas de Fico besta quando me entendem iluminam o legado da escritora, ainda cheio de meandros a serem descobertos. 

Então, porque esse livro foi escolhido para minha cabeceira por tempo indeterminado? Primeiramente nunca tinha lido um livro de entrevistas, não sabia o que esperar. A editora me pegou desprevenida, visto que eu não o tinha solicitado,ele chegou aqui no dia do meu aniversário e logo de cara me encantei.
A capa dura vermelha é digna de estantes de madeira, sabe...daquelas chiques de bibliotecas enormes, e a parte interna é toda em papel creme e perfeita.
Mas o mais importante, quando comecei a folheá-lo  fui lendo pequenos trechos, me inteirando das palavras da autora e dos entrevistadores e fui lendo também pequenas frases da autora que de imediato me encantaram, decidi então que não o leria como se lê um conto, ou uma história normal.
Acima se vocês lerem a resenha terão uma base excelente para terem ideia do que vão encontrar no livro.
Uma resenha seria um tanto difícil já que estou lendo o livro em doces doses homeopáticas, mas posso dizer que isso é mais do que uma recomendação de leitura.
Um livro na cabeceira é um conforto em noites insones.
O que posso dizer, com esse livro na sua estante você terá uma obra de arte gráfica e alma em forma de escrita.
Eu nunca tinha lido nada da Hilda Hilst, já tinha ouvido falar dela na TV em programas sobre literatura mas não estava preparada para nada. Para uma autora nacional com tamanho talento e sinceridade em sua escrita.
Tudo bem, ela foi uma pessoa desapontada com o mercado editorial, frustrada em suas expectativas como escritora. Não sobre ser editada, mas em ser lida, ela esperava mais, sonhava mais. Acho que só lendo vocês vão entender o que estou querendo explicar.

"Não sei o que há, mas há principalmente o elogio fácil.Seria ótimo que os críticos falassem a verdade."
Vejo repetições até onde li, mas sendo um livro de entrevistas isso é compreensível, visto que os entrevistadores por muitas vezes se mostrem repetitivos e preguiçosos em colher da autora fatos inéditos e que ela já não tenha falado em outras oportunidades. Mas isso não incomoda nem um pouco.

"Não estou falando da emoção que experimentamos de pássaros, do sol... Não, estouda vida. Acho isso impensável: Existir."

É isso tracinhas, trago pra vocês o meu livro de cabeceira tão querido, sobre essa autora tão peculiar.
E peço que se vocês tiverem oportunidade não deixem de ler essa obra. É uma dica de leitura muito interessante que deixo aqui nesse post de hoje.
Beijos e até a próxima.

"Houve quem me tachasse de esnobe, de sacerdotisa, de monja, tudo isso, só porque eu queria pensar no que é real e urgente!"


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14 comentários:

  1. Oláaaa Vivi! Adorei sua nova coluna! Muito bacana mesmo! E eu fiquei babando horrores nesse livro... Eu sempre quis saber um pouco mais da Hilda, mas nunca soube de algum livro que falasse dela (eu tbm não procurei muito, confesso hehehehe)! Adorei saber sobre esse livro... Deve ser bem diferente a leitura!

    Suuuuper beijo!
    http://estoulendoo.blogspot.com.br/

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  2. Bem interessante a nova coluna. Nem conhecia essa tal de Hilda, mas fiquei curiosa sobre ela.

    Eu não tenho nenhum livro assim, não exatamente. Quando pego um livro ou leio-o todo ou o abandono. Ainda assim há aqueles livros que volte e meia, quando passo na minha estante (o que é toda hora já que ela fica atrás de mim quando estou no computador e quando levanto, não tem jeito, eu olho para ela) eu pego abro numa parte aleatória e leio um parágrafo qualquer.

    Té mais...
    http://bmelo42.blogspot.com.br

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  3. Olá Vivi!
    Adorei a nova coluna, certeza irei passar por ela sempre que houver novo post :)
    Eu tenho 2 livros de cabeceira, Cilada- Harlan Coben e Razão e Sensibilidade, da edição bilíngue que é o meu xodó *-*

    Livro novo para mim, pelo menos sendo uma entrevista, nunca li um livro assim! haha

    Beijo Beijo

    bookandteas.blogspot.com.br/

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  4. adoreiiii
    http://livroazuis.blogspot.com.br/

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  5. Oi Vivi, adorei sua nova coluna, e existem livros que não devem ser lidos e sim degustados como você menciona!
    Parabéns pela ideia, muito legal mesmo!
    Beijos.

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  6. Muito legal a ideia dessa coluna *-----* #amei
    Não sei se colocaria esse livro na cabeceira... Não faz meu tipo. ahauaha
    Beijo

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  7. ahauhauahaua comentei com a conta do meu amigo Italo alves e fiquei com preguiça de apagar. ahauahauahau

    ''Muito legal a ideia dessa coluna *-----* #amei
    Não sei se colocaria esse livro na cabeceira... Não faz meu tipo. ahauaha
    Beijo''

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  8. Ooooi Vivi,
    Amei a nova coluna, super criativa.
    Gostei bastante do livro, o título tem tudo a ver comigo huahsuashuashuashauh
    Eu tenho váaaarios livros de cabeceira! *-----*
    Beijos,
    Yasmin
    deitadosnagrama.blogspot.com.br

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  9. Oi Vivi, achei essa coluna super interessante e vou pegar essa sua ideia quando eu tiver um livro de poesias para ler tem um que até hoje não terminei um que precisa ser degustado, "A vida é bela" é um pequeno livro de dicas não sei porque ainda não terminei, talvez porque está muito bem guardado. Eu não conhecia esse livro que você está lendo e nem a Hilda, fiquei curiosa para saber mais dessa mulher que parece ter sido uma personalidade importante do nosso país. Adorei a coluna!

    Abraços, Raquel.

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  10. Vivi, adorei a ideia de degustar livros! Eu já os cheiro, os devoro, agora degustá-los deve ser mto bom, rsrsrs. Acho que com esse livro da Hilda tem que se assim,igual como leio Drummond ou Pessoa, tem que ser devagar, degustando cada palavra escrita como se estivesse comendo camarão (eu adoooroo camarão!). Vou comprá-lo pq foi mto bem resenhado por vc. Parabéns, ganhou uma nva fã! Bjks

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  11. Ai Vivi, que ideia bacana pra uma coluna e para classificar livros.
    É ótimo, pois existem muitos livros que merecem ser lidos de outra forma, serem degustados com mais calma, apreciados e este com certeza foi uma boa escolha pra ficar aí do seu ladinho na cabeceira.
    Eu li vários textos da Hilda na facu e minhas professoras sempre disseram que ela foi uma escritora bem polêmica, então, ter um livro falando sobre ela, me deixou bem curiosa.
    Espero que essas doses de Hilda, façam muito bem a vc amiga. Bjokas

    www.lerepensar.com

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  12. Oie Vivi
    nuss, não conhecia o livro, por isso adoro seu blog, sempre fico conhecendo livros diferentes.
    Nunca li um livro com entrevistas, mas tenho vício em ler entrevista de autores, atores e qualquer um que der rs
    com certeza eu apreciaria a leitura desse livro.
    bjos

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  13. Adoreeeeeeeeeei.
    http://porenseetcs.blogspot.com.br/

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  14. Oi Vivi
    Gostei da nova coluna, muito legal!!
    Beijinhos
    Renata
    Escuta Essa

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