30 junho 2012

"Um tracinha leu e me contou"

Meus tracinhas devoradores de livros, boa noite!!!


Hoje venho trazer uma nova coluna, a "Um tracinha leu e me contou".    
Pois é isso mesmo, de hoje em diante vou postar dicas de livros lidos por vocês,
Sempre que quiserem falar sobre um livro que curtiram e que eu ainda não tenha resenhado poderão mandar pra mim que postarei aqui na coluna...ok?
Acho a ideia interativa e interessante, assim podemos nos conhecer, saber do que vocês seguidores do Razão e Resenhas curtem.

Então vamos a nossa primeira postagem  \o/


Leitores, Davi Lessa é um seguidor do RR desde seu início, não sei se ele vai se lembrar,mas foi ele quem me deu a ideia do nome do nosso blog. Se lembra Davi?
Pois então.
O Davi ama livros épicos, com narrativas e personagens medievais, e como eu também amo esse estilo creio que vamos ler muitas dicas dele por aqui.
Dessa vez em especial ele nos trás uma resenha do livro Azincourt, eu ainda não li nenhuma obra desse autor, mas está na minha lista de compras faz meses, então espero que gostem, pois eu que ainda não tinha lido nada a respeito amei *.*




Azincourt, na grafia francesa, é um romance histórico do célebre autor britânico, Bernard Cornwell, famoso por seus livros de batalha que fazem os nerds mais aficionados pelo gênero espumarem de empolgação, ou como o autor diz, o “triunfo de batalha”. A batalha travada no amanhecer do dia 25 de outubro de 1415, durante a Guerra dos Cem Anos, entre Inglaterra e França, é de longe, mais famosa do que importante de fato, mas sua fama só se iguala as batalhas de Hastings, Crécy, Waterloo e Trafálgar, grandes vitórias para os ingleses. Sob o comando de Henrique V, o exército inglês que estava em menor número (alguns autores colocam algo entre seis a oito mil ingleses contra doze a quinze mil franceses), venceu a principal parte do exército francês comandado pelo condestável Charles d’Albret (condestável era uma espécie de segundo em comando militar subordinado ao rei, é claro, e a senhores de maior status, se fosse ocupado por alguém de importância social inferior), e é consenso que a batalha foi uma das primeiras em que a vitória veio pelo uso arco longo inglês (ou galês). Mas vamos ao livro que é o objetivo desse post!
O livro nos apresenta Nicholas Hook, um rapaz com talento tanto pra arqueria, quanto para fazer inimigos. Guarda-caça de Lorde Slayton, e inimigo mortal dos irmãos Perrill, filhos bastardos do padre Martin, que odeia Hook como se nosso Nick fosse o próprio diabo. Após um acontecimento trágico em Londres, quando se envolve em uma briga com o padre Martin e uma inocente morre, Hook é considerado fora da lei, e se refugia na França, trabalhando como arqueiro na guarnição da cidade de Soissons, que estava sob o poder dos ingleses. Durante o ataque francês à cidade e a visão de uma morte horrível que é quase certa, Nicholas Hook, escondido, assiste seus companheiros serem torturados e assassinados, e a cidade ser saqueada, observa aos terrores da guerra, e se dá conta de que só sobreviveu por um motivo: a redenção de seus pecados, e vingar a morte da menina, que acha que foi sua culpa.
De volta à Inglaterra, e em companhia de Melisande, que foi salva por ele durante o saque à Soissons, passa a servir como arqueiro para a companhia Sir John Cornwaille, (um dos caras mais badasses do autor depois de Uthred, claro) veterano de guerra, líder nos campos de batalha e campeão nos torneios de armas pela Europa. Quando Henrique V, pretendente a coroa francesa decide tomar o que é seu por direito à força, convoca seus senhores para cruzar o Canal da Mancha e mostrar aos bastardos franceses quem é que manda, e pôr fim à guerra, e Nick Hook, é claro, volta pro terror da batalha que o assombrava.



Arqueiro inglês durante a batalha em Azincourt



A primeira investida inglesa é um cerco à cidade francesa de Harfleur na Normandia, mas a doença e a frustração começam a minar as forças do exército de Henrique, que leva meses para capturar a cidade, com ajuda dos homens de Sir Cornwaille e Hook, que vai ganhando confiança dos homens durante a batalha, e tendo de lidar com velhos inimigos. Uma vitória virtual, pois o exército francês ainda estava em campo, e o rei da França, mais louco que o bátima, ainda tinha o apoio dos grandes senhores. Henrique decide voltar para a relativa segurança de um território inglês na França, a cidade de Calais, mas são cercados no caminho, encurralados entre os bosques de Azincourt e Trazincourt. Cansados da campanha malsucedida, da humilhação e do iminente massacre, a única opção dos ingleses é lutar ou morrer, ou pelo menos tentando lutar, e utilizando o terreno e uma formação de batalha superior apesar de seus números, fizeram história naquela manhã nublada de 25 de outubro de 1415, dia de São Crispim, protetor de Nicholas Hook, quando uma improvável vitória nasce das ruínas e da lama, onde ingleses lutaram com bravura excepcional; arqueiros e simples camponeses famintos triunfaram sobre grandes cavaleiros de cotas de malha e esplêndidos estandartes. (ôôhh)


Mapa de Azincourt, com as linhas francesas em azul, e inglesas em vermelho. As setas indicam a posição de arqueiros.


A grande sacada do autor é amarrar fatos históricos à personagens e situações fictícias, e ele o faz com maestria, Bernard Cornwell mostrou como se faz um romance de ficção que te prende do início ao fim, sem deixar de lado a veracidade dos fatos, como o massacre em Soissons, o longo cerco em Harfleur, o surto de desinteira durante a campanha. Cornwell ambienta a história com tanta riqueza que automaticamente transporta o leitor para a  Europa no século XIV. Suas descrições dos armamentos, das divisões militares, sociais, e contexto político são frutos de uma pesquisa primorosa e refinada, que só podem convergir para a conclusão épica no capítulo final. Bernard Cornwell apresenta personagens fáceis de acreditar, pessoas comuns: padres, soldados, camponeses, lordes magnânimos com a boca tão suja quanto uma latrina, adversários dignos e inimigos detestáveis, e por vezes aliados em que você confiaria sua vida. Vocês, leitores, se sentirão tão imersos na história, que vai ser possível sentir o cheiro de fumaça e sangue, a chuva sob o aventail e a lama sob os pés, quando levantarem os arcos para o último tiro contra a viseira levantada do elmo de um cavaleiro francês.




Espero sinceramente que vocês tenham curtido a ideia desa coluna. Espero também que me enviem material, dicas, resenhas, sinopses, enfim...
Façam parte do Razão e Resenhas.
Agradeço imensamente ao Davi, que sempre tem um papo delicioso  sobre livros maravilhosos, beijos meu amigo querido e obrigada sempre.



Esse é o Davi pessoal, ele é mineiro (Uberaba/Diamantina) e ama esportes radicais e livros medievais *.*









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17 comentários:

  1. Amei a nova coluna, postar aquilo que os leitores leem, muito interessante alem de dividir informações. Gosto de livros medievais também, apensar de não serem os meus favoritos eu achei este em si curioso. Nunca ouvi falar do autor, ou não me lembro caso tenha esbarrado com este nome.
    Qualquer dia conversamos para dividir alguma leitura. Abs,
    Att Raquel

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  2. Oii Vivi!!

    Adorei a idéia da Nova Coluna, é bem legal e interativa mesmo!
    Adesar de não ser muito o meu estilo o livro que o Davi trouxe eu gostei bastante e leria!

    Beijoos!
    =*

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  3. Muitto legal a coluna Vivi, eu não conhecia esse livro, adorei a dica..

    beijoss
    tem promo de marcadores, se quizer participar
    http://dailyofbooks.blogspot.com.br/

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  4. Oi Vivi,

    Tudo bem? Ótimo a ideia! O livro eu não conheço por não me atentar muito no gênero, mas parece bem legal. Parabéns ao Davi!

    Beijos.

    Lu

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  5. Gostei da idéia da coluna, há mais interação com os leitores. Gostei da história do livro, quem sabe não o leio nas férias? XD
    Abraços

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  6. Vivi!!
    Amei a ideia da nova coluna. Esse livro nunca ouvi fala, mais adorei. Também adoro livros assim, medievais *o*
    Beijos

    Ana Magiero
    Garota Sonhadora Em Livros

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  7. Ahhhhh amei a nova coluna, ótima indicação dele.
    Vou anotar, me interessei ó
    beijos flor

    Amy - Macchiato

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  8. Olá.
    Seu blog é realmente muito bom,assunto interessante e muito bem escrito,parabéns.
    Uma ótima semana pra você !

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  9. Oi Vivi
    gostei da nova coluna, assim temos oportunidade de conhecer livros que raramente vemos pelos blogs.
    Gostei muito da história do livro, dá pra perceber que o livro é história pura, e gosto quando um autor sabe explorar isso de modo que deixe a leitura interessante e fluida.
    bjos e parabéns ao Davi pela bela resenha

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  10. Oii Vivi, não conhecia esse livros ainda, mas a historia parece ser boa D+.

    Adorei seu blog... Já estou seguindo...
    Ah passa lá no Blog, tá rolando promoção!!!
    Meus livros, meu mundo.

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  11. Oi Vivi!!

    Então, eu não curto muito livros medievais, e coisas do tipo, mas tenho quer ler um dia para ver como é! Quem sabe não me apaixono, não é?! rs
    Adorei a idéia da coluna, super interessante!!!

    Beijos,

    Marcelle
    http://bestherapy.blogspot.com

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  12. Oi Vivi!
    Adorei a ideia da nova coluna, já sei que vai ser um sucesso por aqui. :)
    Olha, eu não conhecia esse livro, mas fiquei apaixonada pelo enredo dele. Adoro esse estilo que tem batalhas, sabe? E ainda mais uma das batalhas que eu mais gosto de estudar. ;D
    Adorei!

    Um beijo,
    Luara - Estante Vertical

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  13. Oi Vivi!
    Adorei a nova coluna! Também comecei uma lá no blog! Haha

    Não conhecia esse livro, mas pela resenha ele parece ser muito bom mesmo. Fiquei curiosa!

    BjO
    http://the-sook.blogspot.com.br/

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  14. Bem legal a nova coluna, apesar de não me interessar muito pelo livro.
    *bye*

    Louca por Romances

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  15. Nossa amei a nova coluna =)
    Parabéns para o Davi, o livro me pareceu interessante!!!!

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