24 maio 2012

Curiosidades *.*

Como são produzidos livros em Braille.


A magia da leitura funciona para todos.


Boa noite seguidores do Razão e Resenhas.
Vocês bem sabem que navego muito pela internet em busca de assuntos interessantes e 
instrutivos para nossa coluna de curiosidades.
Então descobri uma matéria linda em um blog que eu ainda não conhecia.
Assunto que todos nós, que possuímos a dádiva da visão perfeita nunca nos preocupamos em entender, ou buscar conhecer.
A cegueira.
Vou falar sobre Braille, um invento que revolucionou o mundo das pessoas que não podiam ler.
Que buscavam nas vozes de outros a oportunidade de conhecer o mundo mágico dos livros, isso quando
tinham chance de ter alguém que lesse para eles.
Já li casos em que uma senhora cega pagava uma quantia em dinheiro para que seus parentes lessem para ela.
Triste não é?
Mas a realidade não é sempre um mar de rosas e vocês sabem isso.
Um homem, Louis Braille, sofreu na pele a dificuldade de ser cego num tempo onde a tecnologia era escassa.
Falarei um pouco dele hoje. E depois de como são produzidos os livros em braille ( ou braile).

Louis Braille




Louis Braille nasceu em 4 de Janeiro de 1809 em Coupvray, na França, a cerca de 40 quilômetros de Paris. 
O seu pai, Simon-René Braille, era um fabricante de arreios e selas. Aos três anos, provavelmente ao brincar na oficina do pai, Louis feriu-se no olho esquerdo com uma ferramenta pontiaguda, possivelmente uma sovela. A infecção que se seguiu ao ferimento alastrou-se ao olho direito, provocando a cegueira total.
Na tentativa de que Louis tivesse uma vida o mais normal possível, os pais e o padre da paróquia, Jacques Pallury, matricularam-no na escola local. 
Louis tinha enorme facilidade em aprender o que ouvia e em determinados anos foi selecionado como líder da turma. Com 10 anos de idade, Louis ganhou uma bolsa do Institut Royal des Jeunes Aveugles de Paris (Instituto Real de Jovens Cegos de Paris).
O fundador do instituto, Valentin Haüy, foi um dos primeiros a criar um programa para ensinar os cegos a ler. 
As primeiras experiências de Haüy envolviam a gravação em alto-relevo de letras grandes, em papel grosso. 
Embora rudimentares, esses esforços lançaram a base para desenvolvimentos posteriores. 
Apesar de as crianças aprenderem a ler com este sistema, não podiam escrever porque a impressão era feita com letras costuradas no papel.
Louis aprendeu a ler as grandes letras em alto-relevo nos livros da pequena biblioteca de Haüy. 
Mas também se apercebia que aquele método, além de lento, não era prático. 
Em 1821, quando Louis Braille tinha somente 12 anos, Charles Barbier, capitão reformado da artilharia francesa, visitou o instituto onde apresentou um sistema de comunicação chamado de escrita nocturna, também conhecido por Serre e que mais tarde veio a ser chamado de sonografia. Tratava-se de um método de comunicação táctil que usava pontos em relevo dispostos num rectângulo com seis pontos de altura por dois de largura e que tinha aplicações práticas no campo de batalha, quando era necessário ler mensagens sem usar a luz que poderia revelar posições. 
Assim, era possível trocar ordens e informações de forma silenciosa. Usava-se uma sovela para marcar pontinhos em relevo em papelão, que então podiam ser sentidos no escuro pelos soldados. A escrita nocturna baseava-se numa tabela de trinta e seis quadrados, cada quadrado representando um som básico da linguagem humana. Duas fileiras com até seis pontos cada uma eram gravadas em relevo no papel. O número de pontos na primeira fileira indicava em que linha horizontal da tabela de sons vocálicos se encontrava o som desejado, e o número de pontos na segunda fileira designava o som correto naquela linha. Esta ideia de usar um código para representar palavras em forma fonética foi introduzido no Instituto. Louis Braille dedicou-se de forma entusiástica ao método e passou a efectuar algumas melhorias.

(Teremos uma matéria completa sobre Braille, seu inventor e como esse método pode ser usado em fisioterapias e muito mais na próxima coluna "curiosidades)
( Máquina de escrever me braille)

Os livros em braille e como eles são produzidos

A acessibilidade é uma preocupação constante para a maioria das empresas, e isso não é diferente no mercado editorial. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), por exemplo, possui parcerias com o Instituto Benjamin Constant (IBC), com o Ministério da Educação (MEC) e com a Fundação Dorina Nowill para Cegos (FDNC), para a transcrição e adaptação dos títulos.
“Todos os materiais podem ser transcritos e adaptados para o braille, destacando-se obras para o processo de alfabetização até o ensino fundamental, materiais didáticos e livros infantis”, destaca Roberto Gallo, gerente editorial e da gráfica FDNC — que produz em média 300 títulos em braille por ano.

                                     



Processo de produção de obras em braille

De acordo com Gallo, existem dois processos para a adaptação das obras para o braille:

A revisão de livros em braille é feita em dupla, com cegos e não-cegos.
- Produção eletrônica para tiragens de até 20 exemplares: nesse caso, é realizada a digitalização do arquivo e a transcrição da obra. Em seguida, é feita a impressão das provas, que são revisadas por cegos e não-cegos — o processo é feito em dupla, enquanto o deficiente visual lê o livro em braille, a outra pessoa vai lendo a obra impressa em tinta e os dois vão confrontando as versões. Por último, há a impressão final no papel e o acabamento.
- Produção gráfica para tiragens de média e larga escala: o processo começa da mesma maneira que no formato eletrônico — são feitas a digitalização do arquivo, a transcrição, a impressão provas e a revisão. Depois, é realizada uma impressão de chapas de alumínio ou arame, que são preparadas internamente, isto é, cortadas, dobradas e furadas de acordo com o formato possível para as impressoras de chapas (PUMA VI / PED-30). Em seguida, o material passa pelos processos de revisão, impressão gráfica (tipográfica), paginação, montagem e acabamento.


“A produção de obras que contêm apenas textos dura aproximadamente uma semana. Já os livros didáticos ou materiais de grande complexidade podem levar de 20 dias a quatro meses para ficarem prontos”, afirma Gallo.

Materiais para livros em Braille

Segundo o gerente editorial e da gráfica FDNC, os tipos de papel mais empregados na produção de livros em braille são: formulário contínuo 120 g/m² e papel off-set 180 g/m², para a capa. “Os tipos de papéis mais utilizados — até mesmo pela questão do custo-benefício — é o off-set 120 g/m² (espessura mínima para impressão braille). Entretanto, ele também pode ser feito em couché 150 g/m², reciclado ou qualquer outro papel que desejar”, explica Gallo.

Como acabamento, podem ser utilizados espirais e capas de PVC. Já com relação às impressoras, o gerente conta que há alguns tipos mais usados. “Utilizamos as impressoras como a Juliet’s, Impacto Texto e Heidelbergs convencionais adaptadas para impressão braille. Já para a impressão das chapas, utilizamos a PUMA VI ou PED-30”, relata.


                                                         ( Placa de impressão de braille)

                                           
   ( Impressora para Braille)


Prestem bastante atenção, hoje estamos bem, tão bem que nem temos noção do quão importante é nossa visão, olfato, tato, paladar, audição.
Nossos sentidos são tão comuns no dia a dia que não prestamos atenção neles a não ser quando nos falham, ou por alguma doença, ou por algum acidente.
Infelizmente todos são assim, inclusive eu, que demorei anos para aprender que precisaria fazer hábito do óculos, só aprendi quando fui diagnosticada com alta pressão nos olhos(entre outros problemas), isso poder acarretar uma doença chamada Glaucoma, meu pai tem, mas eu não me cuidava até ter terríveis dores de cabeça e nos olhos, não tenho a doença, mas uso óculos com alto grau.
Para todos vocês que amam ler assim como, eu cuidar das vistas é essencial, podem ter certeza.
Essa pesquisa que fiz hoje para a coluna me emocionou, descobri que a maravilhosa descoberta da escrita braille proporcionou o mesmo mundo lindo das fantasias dos livros para as pessoas que não enxergam, e que beleza é isso.
Espero que vocês tenham entendido minha iniciativa e que leiam com atenção, pesquisem também e tenham amor aos seus olhos, que são com certeza "as janelas da alma".
Na próxima coluna "Curiosidades" darei continuidade a esse assunto, só que com mais profundidade e com uma entrevista maravilhosa, mas isso é surpresa.

Fontes: 
Google (Todas as imagens retiradas do site de buscas)

"Isso fica feliz em ser útil."























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21 comentários:

  1. sempre fiquei muito curiosa sobre o assunto. que bacana isso... dar a oportunidade de todos terem acesso a leitura.

    beijos

    amy - Macchiato

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  2. Não conhecia seu blog, entre hoje ao acaso e gostei muito.QUe maravilha esse assunto,fiquei feliz de saber que as pessoas se interessam
    num assunto tão importante.EStou seguindo e virei sempre aqui ler seu blog .
    Beijos.

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  3. Vivi,
    Que post maravilhoso que vc fez, muito bem elaborado. Parabéns
    Renata
    http://escutaessa.blogspot.com.br
    http://www.facebook.com/BlogEscutaEssa
    @blogescutaessa

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  4. Viví minha amiga, taí um assunto legal pra caramba e você trouxe-nos ele brilhantemente! Parabens viu... Arrazou

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  5. É verdade que não nos preocupamos muito. Mas tenho uma amiga que é formada em braile, e os irmãos dela também... eles têm um interesse incomum no assunto, e eu já até fui participar de algumas aulas.

    Muito boa a abordagem do assunto.
    Grande beijo ;*
    satierff.blogspot.com
    @osatierff

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  6. Nossa Vi, você tinha razão, eu adorei a sua matéria!
    Ficou ótima e com certeza conseguiu passar a mensagem que você queria, e é muito bom saber sobre isso...
    Pode ter certeza que vou continuar acompanhando esta coluna...

    Ótima iniciativa amiga! Parabéns!

    Bjo

    Luh Figueiredos
    Biblioteca da Luh

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  7. Oi Vivi, tudo bem?
    Li seu texto e fiquei encantada, e fico feliz em saber que as pessoas cegas estão tendo cada vez mais facilidade em ter acesso aos livros, mas confesso que adoraria que nas livrarias, a mesma quantidade de livros para pessoas que enxergam e para as pessoas cegas fosse a mesma, e que esse processo de criação de livros em braille fosse mais rápido e barato. E concordo com você, todos devemos agradecer a Deus sempre pela dádiva de não ter nenhum problema, e cuidar do que temos.
    ótimo texto,
    abraços,
    Amanda Almeida
    http://vceoqueler.blogspot.com/

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  8. Muito legal saber um pouco mais sobre como é feito um livro para quem não pode ver.
    E saber que também tem acesso a leitura como a gente.
    Uma curiosidade bem legal.
    Alexandra

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  9. JÁ TIVE ACESSO À HISTÓRIA DA CHAPEUZINHO VERMELHO EM BRAILE, E FIQUEI IMPRESSIONADO COM O TAMANHO DO LIVRO. MAS ENFIM: BRAILLE ESTAVA CERTO E DETERMINADO A MUDAR O MUNDO. E CONSEGUIU.

    DEPOIS PASSE LÁ: http://thebigdogtales.blogspot.com.br/2012/05/convocacao-do-lobisomem-parte-04.html

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  10. Já conhecia o Braille, mais nunca havia parado para pensar como ele havia sido criado.
    Gostei muito do post, super elaborado e interessante.
    Parabéns!
    *bye*

    Louca por Romances

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  11. Oi Vivi,
    tem resenha nova lá no blog :)
    comenta?
    http://escutaessa.blogspot.com.br/2012/05/resenha-livro-o-castelo-das-aguias-de.html

    Beijos
    Re

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  12. Diferentes formas de conhecer e explorar o mundo, pois somos diferentes, e ser diferente é normal. É importante que a população conheça outras formas de leitura, de comunicação alternativa, de oportunidades que são dadas aos portadores de necessidades especiais. Adorei o tema!!!

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  13. Ola Vivi,
    Este assunto é muito interessante mesmo, pois como sou professor, procuramos sempre estar atentos as deficiências dos alunos para melhor orientá-los através da política de inclusão. O parceiro Chris, lá do Lisérgicos, postou uma matéria muito interessante a respeito. Vale a pena conferir!

    Muito bom. Excelente texto para referência.

    Abraços, Flávio.
    --> Blog Telinha Crítica <--

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  14. Adorei Vivi *-* Amo quando você faz essas matérias! Sempre se diferenciando!
    Adorei mesmo!
    bjaoo

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  15. Que matéria legal Vivi! Olha, eu já tive oportunidade de ver uma dessas máquinas que escrevem em braile e achei incrível! *-*

    Um beijo,
    Luara - Estante Vertical

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  16. Oi Vivi,

    Tudo bem? Excelente o assunto em pauta. Sua disposição permitiu uma mudança condição de vários portadores.

    Bom domingo!

    Beijos.

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  17. Oi Vivi!
    Adorei o post!
    Não tinha nem noção de como um livro em braile era produzido. Adorei a matéria!

    Amiga desculpa o sumiço, mas ando atolada com as coisas da faculdade. =/

    BjO
    http://the-sook.blogspot.com.br/

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  18. Querida esse tema sempre me fascinou e eu até já tentei ser voluntária para fazer livros em brailer mas a instituição responsável daqui é muito complicada, mas ainda não desistir desse sonho de ajudar nessa produção que ainda é pouca, em relação a quantidade de livros que temos a deles é bem reduzida.
    Amei sua iniciativa, parabéns.

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  19. Oi Vivi
    Nossa, fantástico esse post, muito esclarecedor, adorei! Nem imaginava que Braille era uma pessoa (kkkk), vc está de parabéns, eu sempre gosto de seus posts, mas este está demais.
    Bjão e um ótimo domingo.

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  20. Oi Vivi!

    Ótima postagem! Adorei saber um pouco mais sobre Braille, mormente o seu recado para que cuidemos de nossa visão, enfim, a saúde como um todo. Pois, depois que perdemos pode ser tarde demais para reverter.

    Grande beijo e até breve...

    Anselmo

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  21. Olá Viviane, trabalho com Comunicação Visual e gostaria muito de saber mais sobre essa maquina que imprime em chapas de aluminio em Braille, se vc souber onde adquiro esta máquina ficaria muito agradecido.
    meu contato: 11-97448-0497 Carlos Manfredo - Mogi das Cruzes/SP

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