Resenha | Fênix A Ilha - John Dixon

Olá Tracinhas!

Minhas tracinhas de biblioteca tão queridas, estou mal com o blog, sumi e nem me expliquei, são as agruras da depressão, me perdoem, estou fazendo das tripas coração para voltar, espero conseguir.

Aqui vai a resenha de um livro que amei ler, espero que curtam.

 Sem telefone. Sem sms. Sem e-mail. Sem TV. Sem internet. Sem saída. Bem-vindo a Fênix: A Ilha. Na teoria, ela é um campo de treinamento para adolescentes problemáticos. Porém, os segredos da ilha e sua floresta são tão vastos quanto mortais. Carl Freeman sempre defendeu os excluídos e sempre enfrentou, com boa vontade, os valentões. Mas o que acontece quando você é o excluído e o poder está com aqueles que são perversos?

Fênix A Ilha| Editora: Novo Conceito| Ano: 2014| Páginas: 336

Minha resenha

A definição de Fênix A Ilha está longe de ser apenas um livro de ficção/aventura, não sou muito dada a ler livros sobre prisões e holocausto, se é que me entendem, mas amei esse livro e vou contar mais uma coisa, não tem um minuto de tédio em que a leitura seja lenta ou desinteressante. 

A ilha é um campo de prisioneiros remoto para adolescentes condenados sendo esses todos órfãos. Os jovens não têm familiares que se interessem por eles, sendo assim nada do que acontece ali será questionado, ninguém saberá. Logo que chegam à ilha os adolescentes são recebidos por guardas prisionais repressivos que brutalizam os recém-chegados, é dito a eles que não há nenhuma esperança de fuga, as florestas que cercam o acampamento está cheia de javalis e animais peçonhentos como cobras mortais e aranhas gigantescas e o mar é o lar de tubarões famintos. Os sargentos são uma fonte de tormento, mas também o são a maior parte dos outros presos lutando entre si pela supremacia e poder.

"Olhou discretamente ao redor. Aqui estavam eles, na Ilha Fênix, em algum lugar fora dos Estados Unidos e de suas leis. Estamos mortos para o mundo tanto quanto nossos pais, pensou Carl. Essa gente pode fazer o que quiser conosco." 

Carl Freeman é nosso protagonista, a partir do momento que Carl chega ao acampamento, os guardas, especialmente o excessivamente violento (psicopata) Parker, incisivamente repetem que o objetivo é anular toda a individualidade dos jovens e a qualquer custo. Parker quer realizar tudo isso "antes que o velho chegue." "O velho" é o comandante Stark, um megalomaníaco com planos específicos em mente para Carl.

Carl sofre todo tipo de violência e é um jovem torturado pelo passado, embora seja jovem ele é transtornado e violento, ele não suporta injustiça contra pessoas mais fracas e foi assim que desenvolveu uma força física tremenda, ele é boxeador de rua, as mãos podem matar e ele o faz se for preciso, embora eu creia que esse lado de Carl flua quando ele está além dos seus limites, senti que esse personagem se desenvolveu meio assim como um super herói revoltado, se é que me entendem.

Ele é bom e tem uma índole doce em sua essência, me apaixonei por ele. Tenta ajudar o máximo que pode e ficar longe de encrenca, embora essa o persiga e o leve aos fatos que vão se desenrolando na história. Mas longe de ser vencido ele não se deixa quebrar por nada, enfrenta até mesmo uma situação de morte iminente com uma bravura além do que podemos imaginar num jovem da idade de Carl.

Fênix A Ilha é o primeiro de uma série de livros, o final desse primeiro volume surpreendente e define os primeiros passos de Stark e seus planos loucos. É uma leitura acelerada em seus próprios termos, corajoso, desagradável, às vezes implacável, mas sempre com um tema subjacente de esperança. As probabilidades de você querer ver o que acontece nos duelos fabricados em A Ilha são fatais e certas. Estou curiosa para ver o que a sequencia nos trará. Esse é um livro que “favoritei” já no terceiro capítulo.