20 julho 2010

Faltou Amor...


Nem sempre dizer tudo que sente tem resultados positivos, ou mesmo o esperado. Tem realmente coisas que estão fora do seu alcance, do seu limite e simplesmente nada que você faça poderá mudar este ciclo. Não falo de sorte, ou mesmo de conseqüência; na verdade o ponto são nossos limites.Sou uma típica taurina, que muitas vezes não reconhece tão bem assim qualquer tipo de limite ou imposições que não sejam os seus próprios; claro que a maturidade vai nos dando goles de sua doce água, e com o tempo vamos aprendendo que os opostos são tão importantes quanto os iguais. Assim, fui percebendo que em tudo nesta vida encontramos seus opostos, sendo limites ou não, e que não é tão simples assim de entendê-los...
Fechando o pano para os meus pensamentos mais filosóficos, quero escrever sem ambiguidades... sem metáforas; até porque hoje não quero usá-las, preciso me despir dos meus sentimentos para quem sabe me desprender desta armadura tantas vezes pesada demais.
Pois bem, ando pensando bastante no que fazer em relação a um sentimento profundo de amor não correspondido, não falo de amor entre casais, pois este conheço bem e o tenho vivido com tanta ternura e sinceridade que meu coração floresce mais a cada dia. Falo na verdade do amor com uma ligação familiar, que considero, mais confuso e traiçoeiro que o romântico. Porque nos laços da família construímos parte de nossa identidade, o que queremos ou não ser; além de muitas outras, como a segurança, o caráter, a educação, os valores, o senso-crítico etc. Fico pensando: E quando isso falta? E quando o amor que sentimos não é correspondido nesta forma de socialização primária tão essencial para a vida, para nós mesmo como pessoas e para a sociedade?O que acontece quando o que uma pessoa vive é apenas uma ilusão de anos à fio, até que um dia, ela abre os olhos e só consegue ver o reflexo da culpa ou da covardia nos olhos de quem acreditava ser sua família. O que fazer....se as palavras não acordam, nem o perdão, nem voltar ao passado, nem qualquer outra coisa....
O que fazer se ela quer morar em uma casa de vidro, vivendo de aparências como na época de nossos pais, de nossos tios, de tantos outros parentes....continuando assim o velho mito que persegue gerações e mais gerações de nossa família e que pelo visto não tem um fim.
Por que não há questionamentos?
Por que não há amor?
O que nossos pais fizeram de errado, porque nós não podemos mudar tudo?
Nada mudou, nem na rebeldia do passado, nem na flexibilidade do presente e muito menos na separação do futuro; nada te faz parar, nada te faz pensar...exatamente porque não existe nada.Por que você não me ama? Não sei, sinceramente venho me perguntando o que fazer.Acho que minha vida inteira me perguntei o que preciso fazer, já que nada que eu faço te traz para perto. Faz pouco tempo que reconheci , que não havia espaço, que nunca houve espaço. Pensei que um dia, ele me falaria a verdade e acabaria de uma vez por todas com todo meu esforço , com toda a minha dor. Mas sou eu quem precisa compreender ,Não é?
A resposta para tudo isso está no título....chega um ponto em nossas vidas que voltamos para o começo, como eu hoje estou voltando... e acabo fazendo uma coisa, levando esse sentimento as escuras, fazendo de conta que está tudo bem, e que qd eu chegar a dobrar a esquina vc estará lá para mim, mesmo que nunca me olhe nos olhos, mesmo que me julgue criança, mesmo que reprove tudo que faço a cada segundo, vc vai estar lá para mim...

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Um comentário:

  1. Tbm me sinto assim... meio triste...família é tudo, mas tbm lembramos que amigos tbm é família, porem que escolhemos pra gente... eu falo e faço muita coisa sem pensar, quando vejo ja fiz e ja falei, meu defeito é ser um pouco sincero e orgulhoso, mas não nego que tenho uma vontade as vezes quebrar o gelo, ou fazer algo do tipo, mas sou mt fechado, a vergonha nao deixa, acho que vc é como eu, por mais que parecemos fortes, temos o coração mole. Mas o final do ano chegou, acho que esse ano foi difícil pra todos, mas agora uma nova página se inicia, podemos fazer diferente. Bjão!

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