05 novembro 2015

Resenha | Eu Estive Aqui

Leitores, olá!!!
Finalmente atualizando o blog depois de muito tempo sem postar nada.
Devo muitas desculpas, assim como devo muitas resenhas.
As desculpas eu darei num vídeo que pretendo fazer, conversando com vocês sobre tudo que me afastou por tanto tempo aqui do Razão e Resenhas.
Já as resenhas, postarei todas direitinho, prometo. :D
Hoje vim falar de um livro incrível. Um livro diferente, que trata de um assunto real com personagens muitos reais, uma história que vai fazer pensar. Vamos lá? \o

Eu Estive Aqui - Gayle Forman

 Quando sua melhor amiga, Meg, toma um frasco de veneno sozinha num quarto de motel, Cody fica chocada e arrasada. Ela e Meg compartilhavam tudo... Como podia não ter previsto aquilo, como não percebera nenhum sinal?
A pedido dos pais de Meg, Cody viaja a Tacoma, onde a amiga fazia faculdade, para reunir seus pertences. Lá, acaba descobrindo muitas coisas que Meg não havia lhe contado. Conhece seus colegas de quarto, o tipo de pessoa com quem Cody nunca teria esbarrado em sua cidadezinha no fim do mundo. E conhece Ben McCallister, o guitarrista zombeteiro que se envolveu com Meg e tem os próprios segredos.
Porém, sua maior descoberta ocorre quando recebe dos pais de Meg o notebook da melhor amiga. Vasculhando o computador, Cody dá de cara com um arquivo criptografado, impossível de abrir. Até que um colega nerd consegue desbloqueá-lo... e de repente tudo o que ela pensou que sabia sobre a morte de Meg é posto em dúvida.
Eu estive aqui é Gayle Forman em sua melhor forma, uma história tensa, comovente e redentora que mostra que é possível seguir em frente mesmo diante de uma perda indescritível.

Minha resenha:


Ler “Eu estive aqui” foi um mergulho profundo num assunto bem complexo e triste: o suicídio.
Para mim funcionou como um flashback sombrio, visto que perdi meu melhor amigo dessa maneira. Posso dizer que o livro funcionou como uma maneira de entender melhor toda a situação.

Amizade, perda, compreensão, segredos de família, essa história abrange a realidade de uma maneira nada sútil, pois o leitor vai perceber que não caberiam sutilezas e gentilezas para falar sobre a maldade humana, sobre as mazelas do século que vivemos, sobre corações dilacerados.
Meg e Cody são melhores amigas. Não as melhores amigas que vão e voltam do colégio, não as amigas que conversam horas pelo celular. Cody era praticamente da família de Meg. As duas eram inseparáveis.
Eram irmãs de coração e alma, Cody a considerava sua rocha, seu esteio.
Mas tudo começa a ficar diferente quando Meg vai para a faculdade e Cody não consegue a tão sonhada bolsa de estudos. Financeiramente falando ela não tinha condições de pagar os estudos e nem a moradia em Seattle. Ela teria que ficar na sua pacata cidade e cursar uma faculdade comunitária.
Como eu disse antes, isso foi complicado, as duas começam a se afastar. Mal sabia Cody que sua amiga Meg estava atravessando uma fase desesperadora em sua vida.
É aí que fui pensando em como é errado as máscaras que mantemos sobre o que passamos e sofremos, mentimos e sorrimos quando na verdade por dentro estamos chorando e nos rasgando. Fingimos para que a sociedade não nos rotule e condene.
Cody abre um e-mail da amiga e através do monitor descobre que sua melhor amiga/irmã cometeu suicídio.
“Sinto informar que precisei dar fim à minha própria vida. Estou adiando esta decisão há muito tempo, e ela é minha e de mais ninguém. Sei que isso lhe causará sofrimento, e lamento que seja assim, mas saiba que eu precisava acabar com minha dor. Não tem nada a ver com você, mas tudo a ver comigo. Não é culpa sua. Meg”
Desesperada pela triste notícia Cody quer descobrir porque sua amiga cometeu um ato tão desatinado. Incansavelmente ela se aproxima dos amigos de república de Meg, ela investiga todas as possibilidades. Atenta aos e-mails e tudo que havia no notebook da amiga ela começa a esclarecer algumas coisas, fatos que vão leva-la ao cerne de tudo.
Bem foi uma grande paixão de Meg, Cody vai atrás dele em busca de mais respostas, e nele vê mais um culpado para o suicídio da amiga. Cody é o próprio espelho da culpa, ela acha que se tivesse ido para a faculdade com Meg essa teria desabafado, teria pedido ajuda. Cody se culpa e culpa a Bem.
Aos olhos de dela, Meg era uma fortaleza, era especial e destemida. Para Cody, que sempre teve uma vida complicada ao lado da mãe, Meg tinha tudo para ser feliz.
Mas como na vida real, nessa história as coisas não acontecem como num sonho. Cody descobre após muito sofrimento pessoal que Meg carregava um fardo pesado, um fardo que ela não conseguiu carregar. Talvez por medo, talvez a família não tenha tido tempo adequado, mas não houve ajuda para Meg, não houve tempo para Meg, e Cody não soube disso, ela se culpava muito.
No meio de tanto desalento Bem entra na vida de Cody.
Mas a vida tem dessas coisas, nos momentos de grande atribulação um vento aprazível corre e o coração dá aquela batida cadenciada, provando que o ditado está certo: “Após a tempestade, vem a bonança”.
Mesmo com o coração e a mente machucados, Cody conhece seu primeiro amor em Ben. E não é desses romances de “apelidinhos” e “mimimi”, não mesmo.
Um amor com uma bagagem pesada nasce e trata de mostrar a Cody e a Ben que ambos precisam se fortalecer e lutar um pelo outro. Intensos, sofridos, eles buscam força um no outro, irão conseguir? Só vocês lendo a obra para saber... rsrs
Eu não me decepcionei com o livro, muito pelo contrário. Quando eu li “Se eu ficar”, obra da autora publicada por outra editora, não senti nada demais na escrita e na história de Gayle, ela me ganhou de fato no seu livro “Apenas um dia”, então eu não criei expectativas demais com “Eu estive aqui”, acho que acertei o livro realmente me marcou, de muitas maneiras diferentes, negativa não foi uma delas.
Recomendo a leitura, mas leia com uma caixinha de lenços do lado, pois irá precisar.

“Ao listar as pessoas com quem se preocupava em deixar para trás, ela mencionou seus pais, seu irmão, mas não eu.”
"Sabe porque suicidio é pecado?, porque mata a esperança"




Ps.: Eu acredito que o ato do suicídio é um ato de extremo desespero, mas um ato de extrema coragem. Acredito que os suicidas se sentem tão encurralados que não conseguem ver saída, não conseguem sentir esperança. A coragem para colocar fim ao sofrimento para se separarem dos que amam, eu não teria. Eles precisam de ajuda, principalmente depois, principalmente depois. Essa é a minha opinião.








Obrigada pela visita!










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6 comentários:

  1. Olá minha amiga como está..faz algum tempo que não passo aqui.... que livro fantástico, apesar de uma leitura difícil ( pelo assunto tratado) para alguns é aqueles que você entra na história logo nas primeiras paginas, para muitos falar de suicídio, e mal sabemos que cometemos esse ato dia a dia..de forma diferente obviamente, e quando digo isso digo no sentindo de que se deixamos de sonhar, deixamos de fazer aquilo que nos da prazer, o que alegra a alma também é um suicídio é uma gota do veneno que tomamos todos os dias quado matamos nossos sonhos , nossas vontades.e poucos se dão conta disso....
    É tão bom ter amigos, bom fazer o que gostamos mas também não podemos criar pilares em cima de nossos amigos..precisamos aprender a caminhar sozinho porque se por um descuido do destino algo acontece vc tem que saber seguir em frente, claro é maravilhoso ter alguém para compartilhar, rir todas essas cosias boas que amigos fazer, mas não podemos nos fundir a vida da outra pessoa...difícil falar quando não sabemos o que passa na cabeça dessa jovem mas a falta de confiança ou base familiar vamos dizer assim fez essa jovem criar talvez um esteriótipo nesse amiga... como disse deve ser uma história emocionante.. me interessei bastante..é um assunto que nos faz pensar sobre milhares de assuntos... milhares de acontecimentos em nossa vida...
    parabéns amiga... Mais uma resenha que faz com que a gente se envolva sem ao menos ter lido esse belíssimo livro.. um Grande beijo no seu coração!

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  2. Olá!
    Li esse livro rapidamente e não poderia ter ficado mais emocionada!
    A depressão é um assunto muito delicado, que deve ser encarado com cuidado.
    Adorei a forma como a autora abordou o assunto e mostrou a realidade das pessoas que passam por isso!


    Beijos
    www.ooutroladodaraposa.com.br

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  3. Olá flor,
    eu li os outros livros da Gayle Forman e gostei muito, principalmente o livro "Apenas um dia". E apesar de ter me encantado pelas historias e escrita da autora te confesso que esse livro não tinha me despertado interesse nenhum, mudei de opinião agora depois de ler sua resenha tão bem feita. Deu para sentir que a historia é para se ler com uma caixa de lenços ao lado. Irei adicionar a minha lista. :)

    bjokas!

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  4. Eu conheci apenas uma pessoa que se suicidou. Foi um aluno meu, eu trabalhava com ginástica numa multinacional, ele não era dos alunos mais participantes, mas sempre conversávamos. Quando recebi a notícia, não trabalha mais lá, e mesmo não sendo muito próximos, fiquei muito triste e imaginando o que ele teria passado pra tomar essa decisão. Gostei muito do plot da história, mas não sei se lerei. Sou muito emotiva e livros desse gênero me deixam mal por um tempo...

    ;D
    Profissão: Leitora

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  5. Olá

    Mais uma resenha que aumenta minha vontade de ler esse livro, quero ler principalmente pelo tema que é abordado nele e também porque nunca li nada da autora,gostei da sua resenha.

    Bjss

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  6. Oie!!!
    ainda não conhecia muito do livro, na verdade ainda nem sabia sobre o que se tratava. Terminei de ler Os 13 porquês essa semana e ainda estou ingerindo tudo que li sabe, concordo com você, o suicídio é um ato de extrema coragem, nós meros leigos as vezes jugamos mas a verdade é que ninguém sabe o que a outra pessoa está passando ou sentindo. Fiquei bem curiosa com a leitura, já que estava justamente procurando livros no gênero.
    bjs

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