Resenha | Outlander - O Resgate no Mar - Livro 3 [Parte 1]

Olá, tracinhas!!!

Finalmente venho até vocês com a resenha desse livro que é um dos meus favoritos de todos os tempos. Demorei, mas aqui estou e não quero me alongar.

Pelas resenhas dos livros anteriores, dessa mesma série vocês já sabem que amo a escrita de Diana Gabaldon e que recomendo essa saga com todo fervor, não vejo motivos de um leitor que goste de romance/fantasia não se jogar na leitura da saga Outlander... rsrs

Corro o risco de não ser imparcial, mas não estou nem aí, sério. 

Essa série entrou para o patamar da melhor história que já li nesse gênero, leiam minha resenha e pelo menos tentem entender os motivos. Sugiro que leiam as resenhas dos livros anteriores ;)

Outlander - A Viajante do Tempo [Livro 1]

Outlander - A Libélula no âmbar [Livro 2]

Outlander - O Resgate no Mar - Livro 3 [Parte 1]  -  Diana Gabaldon

  O Resgate no Mar - Há vinte anos Claire Randall voltou no tempo e encontrou o amor da sua vida – Jamie Fraser, um escocês do século XVIII. Mas, desde que voltara à sua própria época, ela pensava que ele tinha sido morto na Batalha de Culloden. Agora, em 1968, que seu amado pode estar vivo. A memória do guerreiro escocês não a abandona... seu corpo e sua alma chamam por ele em seus sonhos. Claire terá que fazer uma escolha: voltar para Jamie ou ficar com Brianna, a filha dos dois?Jamie, por sua vez, está perdido. Os ingleses se recusaram a matá-lo depois de sufocarem a revolta de que ele fazia parte. Longe de sua amada e em meio a um país devastado pela guerra e pela fome, o rapaz precisa retomar sua vida.As intrigas ficam cada vez mais perigosas e, à medida, que tempo e espaço se misturam, Claire e Jamie têm que encontrar a força e a coragem necessárias para enfrentar o desconhecido. Nesta viagem audaciosa, será que eles vão conseguir se reencontrar?

Autora:Diana Gabaldon|Editora:Saída de Emergência Brasil|Ano:2015|Páginas:592|Idioma: português 

Minha resenha:

Preciso contar uma coisa para vocês e não sei bem como vai soar, mas vamos lá:

Diana Gabaldon faz de mim gato e sapato, ela judia e maltrata, ela me tira lágrimas... Mas eu gosto e ainda peço mais.

Sim, por isso eu estou devorando essa saga como se ela fosse um enorme prato de espaguete, meu prato predileto de todos os tempos.

É bem tenso para um resenhista dar sua opinião sobre uma série como essa sem dar spoiler dos livros anteriores, então me perdoem se eu deixar escapar algo, estou tentando, entenda, estou tentando escrever essa resenha há dias.

No segundo livro, A Libélula no Âmbar, terminamos com o coração despedaçado, Claire e Jamie se separam e se passam vinte anos até que se reencontrem novamente. (não é spoiler, a sinopse entrega que irão se reencontrar, então sosseguem as periquitas)

Em O Resgate no Mar (livro 3 – parte 1) o meu desejo enquanto leitora e fanática por Outlander era que tudo não passasse de um sonho bizarro de Jamie, e que os dois não tivessem se separado por 20 longos e sofridos anos, mas não. Mais uma vez nos embrenhamos com nosso casal perfeito nessa história de tirar o fôlego.

Agora teremos Jamie numa prisão inglesa depois da batalha de Culloden, ali ele sofre o pão que o satanás amassou e um pouquinho mais, pois Gabaldon não tem limites e acho que quando se inspirou no personagem de Jamie devia estar de TPM, em todos os livros, só pode, o que esse homem passa... Enfim! 

Em 1968 Roger e Brianna ajudam Claire a descobrir o que aconteceu depois da batalha que dizimou os Clãs escoceses e essa parte me consumiu muito, adoro história principalmente quando tão bem detalhada como a autora escreve. Eles vão reunindo todas as informações possíveis e meu coração, assim como o de Claire ficava entre o eufórico e o deprimido, por motivos que não poderei detalhar.

Volto a ressaltar que a escrita de Diana continua fantástica, mesmo quando ela passa cento e cinquenta páginas falando sobre personagens que vem e vão, sobre turfas queimando na lareira e sobre... errr... Sobre coisa com coisa... Eu nem percebia o tempo passar a madrugada acabar e o sol surgir, tudo se encaixa no final, tudo se resolve e mesmo quando não se resolve nós suspiramos, pois amamos a história e queremos mais, quinhentas páginas se tornam poucas, isso é o que sinto com essa saga.

Voltando...

Em flashes Claire conta para Roger como foi seu retorno do passado, como Frank a recebeu e como foi criar Brianna junto a um homem a quem ela não mais amava. Ela o amava de forma diferente, o respeitava e inclusive o desejava, pois era uma mulher com desejos e vontades, mas não poderia amá-lo como amava seu highlander, jamais. Esses trechos são memoráveis e intensos. Assim como a vida de Jamie na prisão, de como ele era admirado pelos outros presos, que também lutaram em Culloden. As agruras, os castigos.

Nesse volume vamos conhecer John Grey, e... Uau! Um personagem intrigante, enervante e muito bem construído. As atitudes de John não são aquelas que você vai querer ler com alguém por perto, complicado, eu chorei demais, dá pra surtar, se é que você pode me entender.

Mas uma coisa, das muitas que me chamaram a atenção foi como a separação de Claire e Jamie torna os personagens diferentes, como a necessidade de que voltem a ficar juntos é imprescindível para o leitor. Eu me senti agoniada e conversando com outros leitores da série eles também me falaram isso. Claire sem Jamie simplesmente vai sobrevivendo, e ele sem ela é uma besta, apesar de que ele sempre ajuda os outros e sempre é aquele homem leal pelos seus. Com a separação vamos ver os pontos fracos e fortes de cada um. 

Claire é tão forte que mesmo em 1968, separada do amor de sua vida não só geograficamente, mas pelo tempo, não se preocupa em entender todo o “lance sobrenatural” pelo qual passou.

Eu admiro essa mulher que Diana Gabaldon criou pelo fato de que mesmo sendo uma mulher da ciência, ela nunca surta com o fato de ter feito uma viagem no tempo, e lendo os livros eu não me senti no direito ou nem com vontade de questionar isso, foi tão natural quanto ela pegar um trem e conhecer Jamie numa parada de alguma estação.

Depois do primeiro livro, A Viajante do Tempo, esse foi o que mais mexeu comigo emocionalmente. As atitudes do casal, mesmo separados, a tolerância, respeito, convicção, honra e lealdade são extremamente importantes para tanto Claire e Jamie. E fundamentais para cimentar tudo que passam e irão passar.

Diana Gabaldon sabe muito bem escrever sobre o amor verdadeiro, aquele amor altruísta em que o ciúme doentio não tem vez, em que um homem vive para uma mulher sem vergonha de dizer o quanto a ama. Jamie transborda seu amor em declarações que me deixam de pernas bambas, Claire não deixa por menos. Então, como não amar essa história louca e intrigante? Como não ler?

Se você ainda não começou a ler a série sugiro que comece, agora. E se você já está fanático, como eu... Se jogue nesse volume, Outlander – O resgate no mar – Livro 3 – Parte 1.

Os fãs de Jamie e Claire não irão se decepcionar com esse volume. Na verdade, tudo o que eles enfrentam nesse romance só confirma que individualmente, cada personagem é especial, mas juntos... Juntos eles são uma força que pode vencer o mundo, derrubar tempestades.