Resenha | Drácula de Bram Stoker

Sinopse

As histórias de vampiros, amplamente difundidas por todo mundo, provém do fabulário húngaro do século XVIII. Vampiro, de acordo com a tradição popular, é a alma aflita de um suicida, criminoso ou herege que sai da sepultura, em geral em forma de morcego, para beber o sangue de seres humanos.

O romance gótico Drácula (1897) do autor britânico Bram Stocker, narra a história do Conde Drácula, vilão morto-vivo da Transilvânia, que se tornou típico representante do mito vampiro. Drácula é um clássico da literatura de horror.

Autor: Stoker, Bram

Editora: Martin Claret

Categoria: Literatura Estrangeira / Terror

Número de páginas: 418

Minha resenha

( Vou fazer a resenha em duas partes, a primeira vou escrever um trecho do que sei sobre a vida de Vlad

Tepes ou mais comumente conhecido como Drácula. E depois algumas impressões que tive ao ler o livro e as partes que mais gostei e achei necessárias comentar) .

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  †† Drácula ††

O Vampiro Da Noite

Bram Stoker

Bram ( Olha a intimidade *.* ) conta nesse livro a triste história do Conde Vlad Drácula, que na Idade Média foi um defensor ferrenho da igreja católica romana diante da invasão dos turcos.

Naquela época o exército dos turcos era imbatível, mas contrariando tudo, e com uma soberba força de vontade o exército de Drácula os derrotou. Os turcos, para se vingarem mandam  uma falsa mensagem para sua esposa, Elisabeta, avisando-a que Drácula havia sido morto em combate.

Elisabeta enlouquece, pois, Drácula era o amor de sua vida, assim como para Drácula, Elisabeta era sua razão de viver.

Ela, rasgada de tristeza e dor se joga  de um precipício para o fundo de um rio, suicidando-se.

Ao descobrir o que acarretou a barbárie dos turcos contra sua amada para afetá-lo, Drácula louco de ódio renega a igreja, e renega a Deus, jurando sobreviver a morte vagando como morto-vivo (vampiro *.* )

através dos tempos até reencontrar seu verdadeiro amor.

Não sei dizer o que mais me chama a atenção ao ler esse livro, se todo detalhe

sobre a vida desse ser sobrenatural, do seu amor descomunal por Elisabeta e depois sua perseguição a Mina, ou da caçada em sí. Vou confessar, amo Drácula ( Vlad Drakul), amo e fico do lado dele todo o tempo, mas também me compadeço dos demais personagens. Enfim...

O livro é epistolar, ou seja, baseado em cartas, diários, etc.... Não sei se por causa da tradução, não notei maiores diferenças entre os diários pessoais dos envolvidos, salvo pelo gênero: o estilo dos diários de Mina e Lucy era um pouco mais afetado, contrastando com a sobriedade dos de Johnathan e o Dr. Seward, mas só isto. 

Por ter este formato, o que mais me atraiu no livro além do ínicio e da saga de Jonathan no castelo de Drácula é que tudo gira em torno do homem que não está lá: o noivo que não dá notícias, o navio que surge com todos os tripulantes mortos em uma noite de tempestade, Lucy que vem sucumbindo de estranhos sonhos e uma misteriosa doença com sintomas bizarros. 

Característica da literatura de época, o romance se perde em inúmeros devaneios sobre emoções e sentimentos, registrados em cartas e diários. Isto pode ser um pouco cansativo, admito, a quem está acostumado a uma leitura mais leve ou ágil, especialmente nos dias de hoje. Outro aspecto que pode ser notado é a construção dos personagens:  os personagens tendem a ser idealizados, pois todos são gentis e virtuosos demais, sempre a concordarem uns com os outros, e de uma polidez à toda prova. Da mesma forma que Drácula é hediondo, bizarro, malévolo. 

Adorei a primeira parte,como já disse ali em cima, com Johnathan Harker no Castelo Drácula, a angústia crescente do personagem é muito bem escrita, me encolhi toda ao ler quando ele adormece num dos quartos abandonados do castelo e é "bolinado" por três vampiras sexys, daí chega o Conde Drácula, colocando-as em seus devidos lugares, mas antes de levar Jonathan deixa para as vampiras um recém nascido vivo, para que elas se alimentem. Assim como a doença de Lucy Westenra e sua posterior caçada, já transformada em vampira. O estado mental dos caçadores também é posto em dúvida de vez em quando, como no momento em que Seward percebe que cavalheiros de boa índole  pulam o muro do cemitério à noite com certa  naturalidade... 

A aventura que nos deixa com mais adrenalina é a rota que os cavalheiros percorrem para salvar Mina, o confronto com os ciganos ( cujo nome verdadeiro é romani ), os percalços, isso deixa a história deliciosa.

Outro fato que achei interessante foi quando dei conta de que a perseguição ao vampiro tomou contornos científicos. Os personagens divisam um método, ao anotarem cada impressão e fato testemunhado ou ocorrido no papel e em um gravador de época ( algo meio CSI,  O.o ), ao trocarem sempre informações entre si e fazerem questão de que todos estejam atualizados, ao fazerem uso de lanternas elétricas em suas investidas noturnas, sessões de hipnose, transfusão de sangue... Há uma pesquisa experimental surgindo aí, que ainda inclui, nessas informações, as velhas superstições: se por uma rosa branca sobre a tampa de um caixão para que o vampiro dentro não consiga sair funciona, então está "de boa". O uso de armas de fogo, modernas, é totalmente secundário: a impressão é que se derrota um monstro vindo das superstições do passado com uma mentalidade científica e claro, com a inteligência de Van Helsing.

Resenhei Drácula com uma sensação positiva, sem dúvida... e louca para rever o filme. Quando este foi feito, por Francis Ford Copolla eles foram fiéis ao livro, mas eu nunca deixaria de lado um livro, em preferência a um filme ... então leiam, vão adorar !