Resenha | Ligeiramente Maliciosos

Tracinhas!
Tudo bem com vocês? Estão lendo bastante? Espero que sim. Por aqui estou devorando livros... ^^
Hoje em especial trouxe uma resenha bem legal de um livro muito fofo. Se trata de um romance de época. Eu adoro, sempre gostei e é um dos meus gêneros prediletos. Mas se por acaso não tiverem lido nada assim antes eu sugiro que leiam minha resenha e se anime, afinal um pouco de romance não faz mal e deixa a gente de coração molinho...rs
Permitam-se se aventurar numa bela história de amor do passado, garanto que vão gostar muito. Vamos lá? \o

  Ligeiramente Maliciosos - Após sofrer um acidente com a diligência em que viajava, Judith Law fica presa à beira da estrada no que parece ser o pior dia de sua vida. No entanto, sua sorte muda quando é resgatada por Ralf Bedard, um atraente cavaleiro de sorriso zombeteiro que se prontifica a levá-la até a estalagem mais próxima.Filha de um rigoroso pastor, Judith vê no convite do Sr. Bedard a chance de experimentar uma aventura e se apresenta como Claire Campbell, uma atriz independente e confiante, a caminho de York para interpretar um novo papel. A atração entre o casal é instantânea e, num jogo de sedução e mentiras, a jovem dama se entrega a uma tórrida e inesquecível noite de amor.Judith só não desconfia de que não é a única a usar uma identidade falsa. Ralf Bedard é ninguém menos do que lorde Rannulf Bedwyn, irmão do duque de Bewcastle, que partia para Grandmaison Park a fim de cortejar sua futura noiva: a Srta. Julianne Effingham, prima de Judith.Quando os dois se reencontram e as máscaras caem, eles precisam tomar uma decisão: seguir com seus papéis de acordo com o que todos consideram socialmente aceitável ou se entregar a uma paixão avassaladora?Neste segundo livro da série Os Bedwyns, Mary Balogh nos conquista com mais um capítulo dessa família que, em meio ao deslumbramento da alta sociedade, busca sempre o amor verdadeiro. 

Autora: Mary Balogh| Editora: Arqueiro| Ano: 2015| Páginas: 288| Idioma: Português 

Minha resenha:

Atração fatal no melhor dos sentidos.

Assim descrevo essa linda história de amor.

Rannulf é um Bedwyn, irmão do duque de Bewcastle, ou seja, um homem rico, poderoso e muito sensual. Ele não tem a beleza clássica dos ingleses da época, não, Rannulf é um homem grande e forte, com traços marcantes que vão deixar qualquer mulher de queixo caído, inclusive Judith Law, nossa protagonista.

Judith é uma mulher única, criada num ambiente rigoroso onde seu pai é um pastor severo e ela foi educada para se “achar” feia. Isso mesmo. Judith é linda, alta, pele de porcelana, quadris largos e sensuais e uma cascata de cabelos ruivos que faz todos os homens uivarem aos seus pés, mas ela esconde toda essa beleza dentro de roupas austeras e toucas ridículas, pois foi assim que cresceu, achando-se feia e desajeitada.

Um belo dia... 
Que de belo não tinha nada, seus pais a enviaram para a casa de sua tia Effingham, irmã de seu pai para ser acompanhante de sua avó, uma idosa bem inquieta e divertida.

Intimamente Judith sabia que seria acompanhante/empregada/capacho/escrava, sabia que não seriam dias de muita alegria, pois a tia exigiu a presença de uma das filhas do pastor, pois emprestou um dinheiro a ele, pra salvar a família da miséria, essa causada pelo irmão arrogante, Branwell, que vive de forma acima de suas posses.

Esse moço realmente me irritou durante a leitura.

Enfim... Judith toma a carruagem e parte sabendo do futuro que a aguarda, mas não poderia imaginar que ficaria a mercê de um temporal. A carruagem se quebra e com mais passageiros ela fica na estrada, esperando por ajuda... tcharammm!

Nosso mais do que lindo Rannulf aparece e promete mandar ajuda da próxima hospedaria. 
Mas... Sugere também que Judith vá com ele em seu cavalo. Longe de se sentir ultrajada a moça monta e lá... lá vão os dois pela montanha lá... lá vão. E roça daqui, se esfrega de lá ele lasca um beijo nela, um doce beijo, mas que deixa a moça com vontade de coçar onde não tem coceira... rs

Chegando à hospedaria em que resolvem ficar Judith toma uma decisão, irá se entregar a uma noite de luxúria e paixão com aquele cavalheiro. Ela não é cínica e amargurada, longe disso, Judith é forte, decidida e é por isso que ela toma essa decisão. Se vai ter de viver como empregada pelos próximos anos, sem possibilidades de um casamento com alguém que a ame ou valorize, quer então conhecer as delícias do sexo.

E assim acontece. Mas o principal que preciso contar é que ambos fingem serem outras pessoas, com nomes falsos e sem revelar um para o outro o que realmente farão no dia seguinte, então eles se entregam a paixão. O sonho dela sempre foi ser atriz e em casa ela se escondia para representar pequenos trechos de Shakespeare, portanto à farsa soou bem verdadeira aos olhos de Rannulf.

Mas o destino, esse prega peças sem dó e para nos fazer feliz a chuva não para e os dois passam um dia e duas noites se amando, para ele ela é uma atriz tão desinibida que nem percebeu que Judith era virgem. Para ela, ele não poderia nunca descobrir seu passado e muito menos seu futuro, Judith queria usufruir do momento, isso bastava. Ele não queira deixa-la, não por enquanto, sua avó o espera para apresentar-lhe uma moça, provavelmente sua futura noiva, mas ele precisa de mais, quer muito mais de Judith... Então ela foge.

Quando Judith chega à mansão da tia para cuidar de sua avó tudo o que ela esperava se provou verdadeiro, sua tia demonha/horrorosa/bruxadosinfernos logo foi vasculhando seus vestidos e mandando a criada arrumá-los todos, deixando nossa moça com aspecto de velha gorda, e a obrigou a usar uma touca pavorosa que escondesse seus maravilhosos cabelos ruivos. Resultado, Judith ficou realmente feia, invisível. Assim o dia em que o tão aguardado cavalheiro que iria ser apresentado a sua prima Julianne chegou.

E com ele Rannulf, em sua mais completa forma. De cara ele não reconheceu Judith, ele se esmerou para dar atenção a Julianne como havia prometido a sua querida avó e só quando Judith foi lhe servir um chá que ele olhou bem nos seus olhos verdes e se deu conta de quem era aquela mulher vestida de maneira comum com uma touca bizarra escondendo-lhe o rosto.

E danou-se tudo.

Instigado ele não demora muito para conversar com ela e cada dia mais e mais curioso ele se vê apaixonado e arrebatado pela mulher que ele conheceu e levou para cama, a mulher que se passou por Claire Campbell. A mulher parecia ser uma dama arrojada, mas que somente depois ele descobriu ser uma virgem inocente.

Ele ficou doido por ela. Mas não bastassem os problemas que ambos tinham que enfrentar, como o aguardado noivado dele com Julianne a autora nos brinda com a presença de um cafajeste, Horace, que faz de tudo para chamar a atenção da moça, não conseguindo ele apronta situações tanto para ridicularizar Judith como para força-la a ter relações com ele. E quando não conseguiu colocou-a juntamente com seu irmão Branwell numa trama de roubo e perseguição.

Rannulf está com Judith em todas as ocasiões, ele a ajuda e a protege, ele a ama e vai fazer de tudo para tê-la como sua mulher, os caminhos para isso é que estão complicados.

Pois então, leitores, vocês perceberam que quando vou resenhar romances de época não consigo parar de escrever, não é? Mas esse livro é realmente muito bom, e como a autora nos presenteia com assuntos diversificados em toda a trama fica impossível não contar um pouco a mais para instiga-los.

Eu me apaixonei pela escrita de Mary Balogh no seu primeiro livro “Ligeiramente Casados” (resenha), mas foi nesse segundo livro que fiquei fã de carteirinha dessa escritora maravilhosa. Livro fofo, lindo e doce delicioso de ler, se eu recomendo? Claro que sim. Agora!!! Corra, compre e leia!

"Por que não?, pensou, impulsiva. porque não viver aquela fantasia mais um pouquinho, para ver aonde poderia levar?"

"- Cavalgue-me, então - disse ele. - Serei a montaria obediente sob seu corpo. Cavalgarei em seu ritmo e passo. Você determina o destino e a distância antes de chegarmos. Que seja uma longa distância.
- Cem quilômetros - disse ela.
- Mil.
- Mais."

" A maior parte das mulheres suporta vidas tediosas,sejam casadas ou velhas solteironas, como será meu caso. Essa sou eu de verdade, lorde Rannulf. Está olhando para quem sou de verdade."