Boa noite tracinhas \o/
Pois é crianças, tem um tempinho bom que eu não postava nenhum texto dos convidados da coluna "Amigos do blog" não é?
Mas então, resolvi convidar o Christian, que é seguidor do Razão e Resenhas, também tem um blog e é uma pessoa muito simpática.
Ele nos escreve um texto dizendo a importância da leitura em sua vida, vamos conferir?
Ele não é adepto de fotos nas redes sociais então só achei essa, me desculpem =/
Mas já agradeço de antemão as belas palavras tão bem colocadas do meu amigo blogueiro Christian .\o
Christian V. Louis por ele mesmo.
Nunca fui adepto a auto-biografias, nunca as achei honestas. Quem teria coragem de apontar fatos relevantes de sua vida que não apontaria sequer para si mesmo?
Tampouco vejo alguma importância em biografias que costumamos ler em uma contra capa ou uma orelha de um livro, onde o autor cita sua formação, concursos ganhos, seus feitos não interessam (ou não deveriam interessar) aos leitores além de suas criações literárias em si, não suas premiações.
Por esta razão, prefiro apenas destacar poucas coisas que talvez interessem ao leitor e que tenha a ver com o conteúdo da literatura.
Sou autor de um livro de mistério e suspense publicado que se chama 11 Noites Insones. Vejam, isto pode interessar um leitor se meu modo de escrever lhe agradar.
Embora, meu modo de descrever seja meio "camaleônico". Não me limito em apenas um gênero, posso ir de um drama, um romance a escritos góticos e de terror ou a mescla de todos eles em uma só obra. A literatura não pode ser limitada em um só gênero, em uma obra, todos os gêneros podem se mesclar. Quem rotula seus trabalhos em um só gênero, corre o risco de estar fadado a escrever sobre as mesmas coisas para o resto de suas vidas.
Mas quanto a biografia, isto devia ser levado mais a sério.
Biografia é a história de uma vida e a minha, ainda está em construção.
Agora vamos ao texto que convidei Christian para nos enviar e ele gentilmente aceitou .
A importância da leitura em minha vida
A leitura em minha vida deu início bem cedo e, mesmo que tenha surgido de forma natural essa consciência em mim, não posso deixar de dizer que grande parte dela é mérito do meu pai.
Acredito que toda paixão a qual adquirimos, sempre precisa de um certo "empurrão", um incentivo e, claro, não necessariamente precisa ser de uma pessoa. Pode surgir de diversas maneiras, contanto, meu pai foi um grande protagonista para instigar em mim esta paixão que, acredito, cedo ou tarde surgiria.
Ele tinha o hábito de contar histórias, porém, ao contrário da maioria dos pais (mães principalmente), era super contra em contar histórias para dormir. Ele tinha uma teoria de que, agindo assim, passaria a impressão que a leitura era uma espécie de sonífero, algo tedioso que servia somente para provocar o sono.
Portanto, ele tinha o hábito de ler quando eu estava brincando, bem desperto e não lia por ler, ele acabava por se tornar um ator, ou dublador das estórias. Era como se eu tivesse um teatro particular, com um ator só para mim, contudo, ele não apenas transmitia, interagia sempre me questionando, querendo saber meus pontos de vista para ver se estava realmente prestando atenção ao que estava sendo lido e acredito que isto tenha me ajudado muito, até hoje, na interpretação de textos. Vale salientar que todas estas coisas ocorreram antes que eu me alfabetizasse.
Um fator muito importante disto é que, não só me motivando a me apaixonar pelas histórias, ele sempre deu o exemplo. Não lembro, até hoje, de vê-lo nas horas vagas, enquanto minha mãe vê tv e eu gasto a toa algumas horas na internet, ele mantendo seu hábito. Para mim sempre foi uma constante não vê-lo de mãos vazias, sempre há um livro, um jornal, o que quer que seja, ele é um leitor voraz.
Isso que foi muito legal, porque a leitura em minha vida não veio de um modo imposto, como aconteceu com muitas pessoas que não tiveram a chance de ter um pai como o meu e acabaram por desgostar da leitura com mais idade por imposição escolar. É muito difícil alguém pegar gosto pela leitura sem antes não ter tido uma referência positiva deste mundo "mágico" (pois na infância tudo parece ser mágico e, lendo, mantemos esta parte viva dentro de nós) e ter enfiado goela abaixo obras com linguagem formal e complexa.
O meu interesse foi acontecendo espontanemanete e, quando me dei conta, vendo-o ler, eu queria fazer o mesmo. Já não me bastava somente ouvir. Queria possuir a mesma autonomia que ele possuía. E ele percebeu isto.
Colaborou com minha alfabetização e, antes que me perguntem, não, ele nunca foi professor, estudou Contabilidade e Economia e atualmente é comerciante, a paixão pela leitura acredito ter passado de geração em geração, visto que recordo meu avô também como um leitor. Não tão voraz quanto ele, mas com certeza houve um incentivo.
E, acredito que não preciso dizer que entrei na escola já alfabetizado, o que facilitou muito.
Contudo, ele me subestimou. ahah. Ele quis pegar leve no incentivo a leitura me dando de presentes gibis comuns, mas claro, quando adquirimos nossa indepedência, adquirimos junto senso crítico e logo já estava escolhendo mangás para ler e, quando ele se deu conta, eu já estava invadindo sua estante com as leituras que todos costumam odiar: Machado de Assis, Bernardo Guimarães, Sófocles, Oscar Wilde... Admito, muitos destes livros precisei de um dicionário ao lado, mas nada que me tirasse o tesão pela leitura e pelos novos mundos que muitos destes autores me levaram. Lembro que um destes livros da estante dele que mais me marcou foi Histórias Extaordinárias de Edgar Allan Poe.
Ainda me recordo perfeitamente do primeiro livro que li antes de começar a arriscar alguns escritos. Christine, de Stephen King (pois é, quem diria, literatura considerada fantástica, rs). O livro era grosso como a Bíblia, mas isto nunca me intimidou, adoro me envolver em estórias longas e, a forma com que Stephen King conduzia a trama como um monólogo, me incentivou a escrever meu primeiro livro em forma de monólogo.
Obviamente que é uma obra impublicável quando a leio hoje, totalmente sem maturidade, seja na linguagem, forma ou conteúdo, entretanto, foi onde me descobri como autor. Aos poucos, lendo e me aperfeiçoando, ganhando alguns concursos, acabei por descobrir que um escritor não é somente aquele que publica livros e sim, aquele que tem o dom da escrita e, acredito que esforço seja muito importante, porém, acredito também que este seja um dom que, se você não possui, pode fazer o maior esforço possível, ler para se influenciar, mas o leitor perceberá.
O leitor é o protagonista da vida de todos os autores. Ele é quem dá o ultimato e é ele quem tem o poder de lançar por terra tudo o que você almeja como autor. Por esta razão, de início tinha um certo receio, mas, a cada vez que eu julgava que meus escritos tinham qualidade, (afinal, se nem você aprecia o que faz, como poderá exigir que outros apreciem?) fui apresentando meus escritos a colegas de aula e professores e muitos perguntavam: "Ei, quando você vai continuar a sua estória?" ou "Quando vai escrever algo novo?".
Desde então me encorajei a seguir adiante e, embora meu pai não saiba, embora eu não divida com meus familiares e pessoas que me incentivaram a escrever meus escritos atualmente, eu sei que grande parte disto eu devo ao meu pai, que não fez de mim somente um leitor, mas que sem perceber, acabou por influenciar alguém a ser um escritor.
Algumas pessoas do mundo virtual não compreendem porque sou tão reservado, o que posso dizer é que tenho meus motivos. Muitos dos meus escritos, por serem realistas, não posso dividir porque são inspirados em pessoas que conheço e, muitos em mim mesmo. E eu não troco essa liberdade de escrever sobre o que me apetece por nada neste mundo.
E a importância da leitura continua cada vez mais forte e viva, continuo conhecendo novos mundos, novos pensamentos e ela é uma boa aliada nos momentos onde me falta motivação para escrever.
Christian V. Louis.
Blog do Christian, visitem, vocês vão adorar : Escritos Lisérgicos
Beijos da Vivi Blood.
Ola Vivi,
ResponderExcluirNossa chegar aqui e ler um texto no "amigos do blogue" com o parceiro Christian é de encher os olhos.
Nossa, da vontade de imprimir este texto e levar em algumas reuniões de pais e mestres nas escolas. A importância dois pais no "processo" de gosto pela leitura é fundamental.
Abraços, Flávio.
--> Blog Telinha Crítica <--
Nossa simplesmente amei o texto!!!
ResponderExcluir"Acabei por descobrir que um escritor não é somente aquele que publica livros e sim, aquele que tem o dom da escrita ..." amei essa frase!!!!
Christian V. Louis está de parabéns, desejo sucesso a ele.
Vivi vc tbém merece parabéns por ter esse belo espaço no seu blog =)
bjão linda, adorei!!!
Adoro essa coluna Vivi, é oportunidade de conhecer outras pessoas e saber como surgiu o gosto pela leitura das mesmas.
ResponderExcluirAssim como os pais de Christian, os meus também não contavam histórias para dormir, e digo mais: meu pai nunca incentivou esse meu hábito, mas o amor pelos livros falou mais alto.
bjs
Oi Vivi, Christian escreve muito bem, adorei a apresentação e o texto tb!! ^^
ResponderExcluirAmiga, vc andou sumida mesmo, some mais nao!!
Desculpa a demora em responder tb, to com problemas com minha internet, sem net em casa desde o dia 22/03... Então ja viu né, nem sempre no trabalho eu posso me dar ao luxo!! Mais vou tentar resolver meu problema, estou tentando...
Vim te convidar tb para participar de uma promoção super legal q ta rolando no meu blog!! Se der passa la depois!
http://dailyofbooks.blogspot.com.br/
O Christian é mesmo um fofo!!! Tão jovem, mas tão velhinho ao mesmo tempo! Gostei de saber mais sobre ele!!!
ResponderExcluirVivi, só agora pude passar por aqui devido a alguns... cof, cof... imprevistos que tivemos. ahah.
ResponderExcluirA sério, muito obrigado pela divulgação do meu texto, é uma honra estar aqui no Razão e Resenhas.
Vivi os textos do Christian são ótimos!!!
ResponderExcluirAmei esse!
E foi muito legal saber um pouquinho sobre ele.
BjO
http://www.the-sook.blogspot.com.br/
Oi Vivi!
ResponderExcluirEu adoro essa coluna do seu blog, sempre acabo conhecendo mais sobre as pessoas e me surpreendendo sabe? E olha, ele escreve bem viu? O texto da "biografia" dele já me conquistou.
E legal saber que ele tem um livro! :O Adorei!
Um beijo,
Luara - Estante Vertical
Olá Vívi, que belez de coluna essa do seu blog e que beleza de texto! Todos os textos do Cristian que eu já lí são muito bons! Parabens a vocês dois por essa oportunidade que nos trazem!
ResponderExcluirValeu!
Oi Vivi,
ResponderExcluirTudo bem? Muito boa a sua iniciativa! Parabéns a dupla!
Beijos.
Lu
Olha só que legal!!!
ResponderExcluirAcabei me identificando um pouco, já que quem me incentivou a leitura também foi o meu pai!
Gostei do primeiro comentario, do Flávio, muitos pais acham que é tudo responsabilidade dos professores, enquanto quem deveria incentivar esse habito são os próprios pais.
Tbm gostei do pai dele não contar história para ele dormir, e é vdd mesmo.
Adorei a coluna Vivi!!
bjão!!
Oi, Vivi.
ResponderExcluirTem um Meme para vc lá no blog.
Bjs.
Olá, Viviane.
ResponderExcluirEu ainda não conhecia esta seção do teu site e achei ótimo podermos conhecer um pouco mais do jovem (e maduro) talento que é o Christian.
O curioso sobre a leitura é que ela entra na vida de cada um de nós de forma diferente, desde que não nos seja imposta.
Lúcido e reflexivo texto, parabéns.
Abraço, Viviane.