19 agosto 2014

Resenha| O Fio - Suppa

Olá tracinhas, boa noite!
Boa noite a quem for de boa noite, se você estiver morando em algum lugar onde o sol esteja a pino... Bom dia!  
Mas não vou me alongar, hoje trago uma indicação e pequena resenha de um livro que me emocionou pela história e proposta. (Desejo que todos adquiram o livro e falem dele para todas as crianças e também para todos os adultos ;)


 Fio narra a história de uma menina que descobre ter câncer e o tratamento que vem a seguir. Um mesmo fio, de lã azul, percorre as páginas ganhando novas formas. Pode ser a corda que a garota usa para brincar, as lágrimas que caem de seus olhos quando adoece, o tubo que leva a quimioterapia à sua veia ou o gorro que sua mãe tece para cobrir sua cabeça já sem cabelo. A menina mostra seu jeito particular de encarar a doença: com leveza.

Autora:Suppa| Edição: 1| Editora: Escala Educacional| | Ano: 2013|Páginas: 36| Capa Dura


O livro O Fio foi cedido para leitura e resenha pela editora Escala Educacional.

Minha resenha

Estou muito atrasada com essa resenha. Eu queria ter falado"sobre "O Fio" para vocês assim que o recebi da editora Escala Educacional, foi à cortesia mais fofa do mundo, pois esse livro é de uma profundidade sem tamanho.
A autora nos trás a história de uma menina maravilhosa que leva uma vida normal como qualquer outra, tem pais amorosos e amiguinhos que brincam com ela tornando sua vida muito feliz, como a vida de uma menina tem que ser.
Mas um belo dia, não tão belo assim o fio do destino não se desenrola, ele como que se embola trazendo para vida de nossa menininha, que eu vou chamar de Julinha, uma doença triste e devastadora, o câncer.
E assim vemos todos os obstáculos que essa criança tem que vencer.
O livro não tem palavras, ele está aberto para sua imaginação. E se você tem boa imaginação vai viajar e compreender o universo dessa criança de uma maneira realista e delicada, como nos é apresentada as ilustrações da talentosa Suppa, autora e ilustradora de O Fio.
Quando recebi o livro eu o li para minha filha de seis aninhos, desde então ela mesma o leu várias vezes e o interpretou de várias maneiras, mas sempre terminando de maneira determinada. Julinha, a minha menininha sempre vence, pois crianças são mais guerreiras do que pensamos. Então não tenham medo de comprar o livro para seus filhos, sobrinhos e primos, eles vão entender a mensagem muito bem.

 Recomendo o livro sim. Urgente!


Sobre a autora:

  
Nasci em Santos. Vivo e trabalho em São Paulo.
Sêo Manoel vinha todos os dias, vender seus peixes. Ele guardava dinheiro para voltar para Portugal. O sorveteiro da praia batia em nossas portas nas tardes vendendo queijadinhas. Lembro que, nesta época, eu tinha medo de crescer. Ou era muito feliz ou achava que os grandes é que não o eram.
Depois da falência da Luís XV Colchões, meu pai abriu o Suppamercado. Íamos a pé visitá-lo, quase todos os dias e recebíamos chicletes de presente.
Eu estudava em um colégio, segundo alguns, um colégio de elite.
Fui matriculada quando tinha três meses de nascida, para começar os estudos aos 6 anos. Recordo-me da Ala, lojinha que vendia santinhos, terços...eu adorava!!!
Minha mãe era pintora, dava aulas de desenho para crianças. Meu irmão e eu éramos obrigados a frequentar. Quando o Pão de Açúcar chegou a Santos, meu pai foi obrigado a fechar o negócio e ir para São Paulo, enquanto muitos estudantes partiam em navios para países comunistas da Europa, fugindo do Golpe Militar!
Continuei a estudar, entrei para a Faculdade de Arquitetura e, até então, não havia descoberto minha verdadeira vocação. Como já sabia desenhar, prestava alguns serviços aos amigos e a meu pai nas suas palestras.
Desiludida do Brasil formei-me e fui para a Europa, onde ia fazer pós-graduação em Urbanismo, pois (desculpem!) Paris era meu destino.
Durante um ano só estudei Francês enquanto desenhava, nas horas vagas,   minhas aventuras. Com meus desenhos e meu diploma garanti vaga na École d'Arts Appliqués Duperre, em Histórias em Quadrinhos (Bande Dessinés???). Enquanto cursava a escola fiz estágios, um deles como colorista dos quadrinhos do Comandante Jacques Cousteau, com quem trabalhei por quatro anos. Desde então não parei mais de desenhar. Ilustrei revistas,campanhas publicitárias e livros infantis. Vinte anos depois voltei ao Brasil, cansada do frio e da vida de tantas (in) certezas. Mas, ao contrário do que muitos imaginam, não me arrependi. Não só consegui muitos trabalhos por aqui e continuei os de lá, como resgatei muitas coisas do meu país, aquelas com que tanto me decepcionei um dia e me fizeram partir. Verdade que sinto falta de Paris e, de vez em quando, volto e respiro tudo o que ela fez por mim.








  





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5 comentários:

  1. Oi Vivi,
    Apesar do tema delicado, achei o livro interessante e gostei da forma que autora escolheu para passar sua mensagem.

    *bye*
    http://loucaporromances.blogspot.com.br/

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  2. Olá Vivi,
    Fiquei sem palavras, depois dessa sua resenha.
    Este deve ser aquele tipo de livro que te marca para a vida toda, pela sua maneira simples e tocante de se expressar. Bjs

    Lucas - Carpe Liber
    http://livrosecontos.blogspot.com.br

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  3. Adorei essa ideia do fio passando por todas as páginas e assumindo diversas formas, já me encantei por esse livro pois adoro simplicidade profunda, saber dizer pouco expressando muito. Uma pena que às vezes nós sejamos tão bombardeados por narrativas best-sellers que esquecemos de ler coisas mais simples e geniais assim. Parabéns pela resenha!
    Beijos!

    bibliophiliarium.com

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  4. oie Vivi
    que fofura de livro. Muito tocante e recheado de simplicidade. Amei.
    bjos
    www.mybooklit.com

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  5. Oi Vivi,
    Incrível como imagens e desenhos podem falar mais que mil palavras, gostei muito da dica e desejo que muitas crianças possam lê-lo. Beijos Elis!!!

    http://amagiareal.blogspot.com.br/

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