Resenha | A Corte do Ar - Stephen Hunt

 Olá tracinhas!

Que tal o domingo de vocês? O meu está um marasmo só, por isso vim correndo postar a resenha de um livro que li entre novembro e dezembro. Estão curiosos? Então continuem nesse mesmo post e vão saber mais sobre essa obra de fantasia e ficção.

   Nesse aventura repleta de drama e ação, Molly carrega em seu sangue um segredo que a torna alvo de inimigos do Estado. Já Oliver é acusado de assassinato e precisa fugir para salvar sua vida. Logo, os dois se juntam para lutar contra um antigo poder que parecia derrotado havia milênios.

Minha resenha:

Quando recebi essa obra da Saída de emergência Brasil, selo da Sextante eu mal contive minha respiração. Sério leitor, nunca tinha visto uma capa com esse trabalho gráfico. Capas duras, imagens e vernizes sempre me encantaram num capa de livro, óbvio e verdadeiro que a história tem de valer tudo isso, é claro que eu me preocupo com o conteúdo, mas cá pra nós, hoje em dias as capas falam muito também, as editoras estão nos presenteando com capas e diagramações que são verdadeiras obras de arte. E dessa vez senti a editora se superando.
Fiquei estática, para logo depois sair mostrando a capa pra todos aqui em casa, fotografando e postando nas minhas redes sociais... Enfim.
Sei que estou babando ovo e me alongando no assunto, perdão, é emoção de viciada em livros lindos *.*.
Quando abri a escotilha... Opss... rsrsrs. Quando abri a capa de rosto do livro não poderia imaginar que fosse encontrar uma leitura tão diferente, e por diferente quero dizer que tem tudo o que um bom amante de fantasia vai encontrar.

Molly é órfã e vive num orfanato onde as crianças são ensinadas a realizar várias profissões, depois são encaminhadas ao comércio local, onde trabalham para pagar por teto e comida no orfanato. Ela é a protagonista feminina de A corte do ar. Molly é um tanto geniosa e já perdeu vários “empregos” sendo enviada como uma última chance para o bordel, nesse emprego ela terá chances que nunca teria em outros trabalhos, melhores roupas e alimentação e até um salário, porém a que preço?
Quando Molly vai atender o seu primeiro cliente o mesmo a ataca, algo acontece e ela acaba presenciando a morte de outra prostituta. Sua sagacidade e agilidade a salvam daquele episódio bizarro e toda uma gama de situações estranham vão se sucedendo com sua volta ao orfanato. Molly percebe que algo está diferente, que alguma coisa tenebrosa a persegue.
Ela foge, ficando passos á frente do assassino Conde De Vauxtion que, ao que tudo indica é seu perseguidor.
Molly é atirada de um lado a outro em aventuras de tirar o fogo, o que ela deseja é descobrir quem é ela mesma, a leitura é vagarosa, pois o autor prima por detalhes e insere muitos personagens na trama. Como eu sou leitora de George R.R. Martin não acho problemas em lidar com isso, e nem com o ritmo detalhado dos cenários e tudo o mais.
 Então temos o protagonista masculino, ele é Oliver Brocks.
Oliver vive com o tio, que aceitou cuidar dele desde a morte de seus pais em um acidente de aerostato. Oliver sobreviveu ao acidente, porém sofreu uma exposição prolongada a Brumaencantada (é uma força mágica, um curto período de exposição basta para infectar as pessoas com poderes psíquicos ou o que é mais comum, leva-las à loucura. Mas isso não acontece com Oliver, ele passa pela experiência de exposição incólume).
Mas como tem que ser nada dura para sempre e a vida de nosso rapaz é revirada de pernas para o ar quando ele encontra seu tio assassinado e é acusado de ser o principal suspeito do crime. Somente com a ajuda de Harry Stave, um obscuro agente da Corte do Ar, Oliver escapa da prisão e foge de Chacália.
Os dois órfãos agora se encontram e unem forças para descobrir mais sobre o que são e quem realmente são. Unidos eles vão se aventurando pelo mundo gigantesco criado por Stephen Hunt com a ajuda de outras pessoas e dos amigos do estranhíssimo Harry.
Mas o destino, safado e cruel como ele só pega Oliver de surpresa e ele se vê possuidor de um dom inusitado, á partir daí ele se vê obrigado a lutar por sua vida e por sua Terra.
Achei a história extremamente complexa e de tão detalhada muitas vezes a leitura se arrasta, a lentidão não é por falta de assunto, ou qualquer outra coisa, em minha opinião o autor quis deixar todo seu mundo steampunk muito bem resolvido e explicado nesse primeiro volume da série. E isso ele faz com gosto, cada assunto retrata muito bem todo um mundo fantástico de Stephen. A religião e a política são desafiadoramente destrinchadas e confesso que isso me irritou bastante, não gosto de ler sobre política, sério, não gosto e me sinto entediada.
Não que as partes descritivas sejam desnecessárias, não mesmo, me senti preparada para a continuação da história, que não termina somente com esse livro. Eu, que não conhecia muito do steampunk me peguei “letrada” e cheia de conhecimento sobre o gênero.
Mas por fim, quando passados esses momentos mais morosos e adentramos nas aventuras de Molly e Oliver as coisas vão fazendo mais sentido, um mundo onde homens-máquina, magia, seres sobrenaturais completamente diferentes tornam tudo muito emocionante. A Corte do ar nos leva aos céus e nos desvenda um mundo em que eu ainda não tinha entrado em todos os meus lindos anos de leitora.
Todo esse cenário se passa numa Londres vitoriana, eu me pegava imaginando um mundinho futurístico, e lá estavam os detalhes do passado, inenarráveis, ricos e mágicos.

Então pessoal, desejo mais uma vez que tenham curtido a resenha e minha dica de hoje.

Beijos e até a próxima postagem.