19 julho 2013

Sétima Arte | Man Of Steel - (*Superman*)

   Boa noite tracinhas e cinéfilos!
Decidi que a coluna Sétima Arte sairá sempre na sexta-feira, tudo bem pra vocês?
Sempre que nossos colaboradores Claudio e Grazy me enviarem suas resenhas de filmes 
elas serão postadas na sexta. 
E hoje trago uma resenha muito legal que o Claudio fez, e vou te contar, está muito boa mesmo. Confiram:


Man Of Steel - (*Superman*)

Pense numa coisa complicada. Falar sobre o herói que moldou a minha visão sobre hombridade. Eu praticamente cresci “sendo” o Superman. Foi minha primeira fantasia (e primeiro grande susto na família quando tentei voar pela janela do sexto andar) e provavelmente a que mais usei. Foi meu apelido por muito tempo e a “vestimenta” oficial do meu avatar nas redes sociais por anos. Até o time que eu torço, o Bahia, o tem como mascote. Imaginem a expectativa que eu fico quando surge um novo filme do Homem de Aço?

Falar do Superman é falar sobre um símbolo. Um ícone reconhecível em qualquer parte do planeta. Sem dúvida e sem medo de errar, é a visão máxima do que é ser um super-herói. Força, habilidade, princípios... Está tudo ali reunido naquele amalgama de azul, vermelho e amarelo.

Como sua criação é antiga, muitas versões televisivas já foram feitas no passado entre séries, desenhos e filmes, mas, provavelmente o primeiro contato da maioria das pessoas com ele tenha sido no filme de 78 (curiosamente o ano do meu nascimento), com o saudoso Christopher Reeve no papel principal. Com o título de “Superman – O filme”, ele foi responsável por uma grande evolução na tecnologia da época. Como dito por muitos, foi a primeira vez que se acreditou realmente que um homem podia voar. Quem nasceu nesse mundo atual, onde tudo pode ser feito no cinema, não tem ideia do que foi acompanhar o desenvolvimento dos efeitos especiais. Na época praticamente nada era feito por computadores. Eram efeitos práticos mesmo. Então, ver a suavidade do vôo do herói foi de fazer queixos caírem. Até hoje, considerados por muitos, o melhor filme dentre todos os já feitos.


Depois dele tivemos o bom “Superman 2 – A aventura continua”, que conseguiu manter a qualidade e trouxe um desafio à altura do herói. Três exilados do seu planeta natal seguem para a Terra em busca de vingança contra o filho do homem que os aprisionou. É nele que conhecemos um dos mais icônicos vilões do cinema: O General Zod. Inteligente, super forte e nada modesto, Zod foi o único perigo real que o Superman enfrentou na telona.


Depois disso foi ladeira a baixo. Ainda tivemos o “Superman 3” e o “Superman 4 – Em busca da paz”. Todos foram risíveis e afundou qualquer possibilidade próxima de se fazer uma nova película do herói. Se houve algum mérito neles foi manter Christopher Reeve personificando o Kal– El, nome kryptoniano do homem de aço.
Foi um hiato de quase 10 anos sem nada de interessante. Apenas boatos e pré produções toscas envolvendo Tim Burton como diretor e Nicholas Cage no papel principal. Imaginem a cena!


Eis que, finalmente, a coisa sai do papel e somos agraciados em 2006 com Superman Returns. Tudo o que antecipou o filme era digno de apreciação. O ator principal, Brandon Routh, estava na moda e possuía traços semelhantes aos que se esperava de um Superman. Um ator do porte de Kevin Spacey como Lex Luthor? Ótimo! Mas o roteiro... Esse detonou tudo novamente. Uma trama boba, que envolvia a criação de um continente de kryptonita para que o vilão pudesse ser o proprietário e Kal-El descobrindo que possui um super filho com Lois Lane, fez os fãs, que aguardavam lutas épicas, chorarem de tristeza. O filme teve seus bons momentos e o melhor deles jogado na primeira cena. Superman consegue salvar as pessoas que estavam num avião em queda livre e cairia em um estádio lotado de gente. Mas no geral, o filme teve péssimas críticas e eliminou a possibilidade de uma continuação direta.


Quase 7 anos se passaram e, finalmente vamos ao que interessa: Tendo como título apenas “ O Homem de Aço”, nosso herói volta à telona! O que esperar agora? Eles acertaram ou erraram novamente? Nas próximas linhas vou falar sobre minhas impressões, sem Spoilers. Se vocês não assistiram, fiquem tranquilos, pois não vou estragar sua futura experiência. Isso se você quiser ver depois do que vai ler!


Vou começar sendo direto. O filme está bem longe do que eu esperava como um conjunto, mas possui coisas que, individualmente, o fazem ser “assistível”. Ele não consegue ser ruim de todo e nem bom o suficiente. O problema principal é que ele não consegue ser uma unidade. Eu me senti vendo uma colagem de boas cenas, mas sem ninguém pra colar adequadamente. Atribuo a isso, uma péssima equipe de edição.
Diferente dos anteriores, esse se trata de um recomeço. Zeramos tudo o que já havíamos visto nos cinemas e começamos do princípio. E no princípio, havia Krypton! O planeta natal de Kal-El. Acompanhamos uma sociedade de castas genéticas e um mundo a beira do colapso. Após tentar convencer inutilmente a sociedade que o planeta explodiria, Jor-El envia seu filho recém-nascido para o planeta Terra, em meio a uma revolta militar liderada pelo general Zod. Sim! Ele está de volta! Este último é derrotado e enviado, juntamente com seu exército, para uma prisão dimensional chamada “Zona fantasma”! Como praticamente é de conhecimento geral, os temores de Jor-El se tornam reais e Krypton explode.


Vou parar um momentinho pra falar sobre Krypton. Perfeito! Eles conseguiram captar a essência de um mundo alienígena. Nada do que lá existe, possui um equivalente na Terra. A tecnologia, arquitetura, vestimentas. Tudo foi criado de uma forma maravilhosa. Excelentes atuações de Russel Crowe e Michael Shannon como Jor-el e Zod.
A partir dai, é o que já se conhece. Kal-el cai no planeta Terra, numa fazenda no Kansas e é criado por uma família de idosos que não podiam ter filhos, até que fica adulto e conhece a sua real identidade.


O roteiro usa e abusa de flashbacks para que entendamos as ações de Superman (interpretado por Henry Cavill), batizado pelos pais adotivos como Clark Kent. Essa é uma das críticas em relação ao filme. Muita gente acredita que o excesso de idas e vindas corta um pouco o ritmo. Concordo em parte. Na sua maioria, essa técnica foi bem usada, mas realmente fica chato você interromper uma cena de batalha descomunal pra ver o jovem Clark Kent brincando com um cachorro. De qualquer forma, esses momentos são importantes para entendermos como foi moldado o caráter de Kal-El e como foi importante ele ter sido criado especificamente por Jonathan Kent, muito bem interpretado por Kevin Costner.


De qualquer forma, o filme consegue nos primeiros momentos mostrar o Superman como ele realmente o é: um alienígena superpoderoso tentando se esconder na Terra. Uma analogia que se aplica muito bem aqui é: Como se você vivesse num mundo onde tudo é feito de papelão e as pessoas fossem feitas de gelatina. É assim que vive o Clark. Controlando cada aperto de mão para não estraçalhar os amigos, cada esbarrão, cada respiração, cada espirro, cada grito. O filme capta bem todas essas sensações.
Seguindo adiante, obviamente, algo acontece e General Zod e seu grupo se livram da Zona Fantasma e chegam ao planeta Terra. É ai que o bicho pega. Ao contrário do filme de 80, aonde Zod chega apenas com dois comparsas, neste, ele chega com todo o seu exército frente a uma inútil resistência das forças armadas norte americanas.


Para conseguir vencer essa batalha, Superman vai precisar tanto de força quanto de inteligência, afinal, cada membro do exército do Zod é um Super em potencial, já que os kryptonianos adquirem poderes quando são irradiados por um sol amarelo.
Dito tudo isso, vamos a algumas considerações finais. O filme tem furos no roteiro. Muitos furos. Mas acredito que o que mais incomoda são as coincidências bizarras. Primeiro. Parece que Metrópolis possui um imã pra super problemas. Mais especificamente na frente do Planeta Diário, onde trabalha a Lois Lane, par romântico do Superman. Se uma nave cai, ela vai cair na frente do Planeta Diário. Se dois superseres lutam no espaço e rodam o mundo, no final eles vão cair na frente do Planeta Diário. Se alguém vai jogar uma bomba nuclear (isso não acontece, viu?), ela vai ser detonada na frente do Planeta Diário.

Já que falamos em Lois Lane, essa é responsável pela maior parte das incongruências no roteiro. O roteirista queria colocar a garota em todas as cenas e cria situações absurdas para ela estar nelas. Em certos momentos parece que Lois possui teletransporte, pois ela se move em uma velocidade absurda. Não importa em que parte do planeta o Superman esteja, ela vai entrar pela porta logo em seguida.


Eu gostei muito das cenas de batalha. Era tudo o que eu estava esperando. Porradaria desenfreada entre dois superseres no meio de uma cidade. Pode até ser questionável o fato de Clark, que nunca trocou um soco sequer na vida, conseguir lutar contra um general que foi geneticamente criado para isso, mas juro que nem pensei nisso na hora. O desfecho final da luta também é muito questionável pelos fãs chiitas do herói, mas eu acredito que o momento em questão é necessário para criar o herói que nós conhecemos.
Outra coisa que pode cansar um pouco é o fato de o roteiro tentar jogar na cara do espectador, o tempo todo, que Superman é a versão nerd de Jesus Cristo. Nos filmes anteriores isso era um pouco mais sutil. Nesse, eles deixam claro constantemente que ele tem 33 anos, diversas cenas onde ele está de braços abertos como se fosse crucificado, cenas dele em igrejas com vitrais fazendo uma correlação entre Cristo e Kal-El, fora o já clássico fato de Jor-El ter enviado seu único filho para a Terra, pra viver entre os mortais e ser como um deus para eles.


A forma insistente que eles encontraram para colocar Russel Crowe em tela por mais tempo é bem cansativa. Nos filmes anteriores isso já acontecia de forma mais suave. Marlon Brando, que interpretou o papel de Jor-El nos filmes antigos, também retornava “em espírito”, mas de uma forma muito mais moderada. Neste, ele está tão presente que deve confundir a cabeça de muita gente.

Bom, vou parar por aqui, pois, pra tratar das outras coisas, eu precisaria ser mais específico e ainda não é o momento. Ao ler essa crítica muita gente deve ter ficado na dúvida. Afinal o filme é bom ou ruim? Eu prefiro dizer que é um filme que vale a pena ser visto nos cinemas para que você tire sua própria opinião. As opiniões gerais foram variadas. Tem gente que acha que esse foi o melhor filme de todos os tempos e outros, que ele nunca deveria ter sido feito. Já eu fico no meio e o enxergo como necessário. Um filme de apresentação, para colocar Superman novamente num patamar aceitável, para que a franquia se desenvolva de uma forma gloriosa e que possamos ter, em breve, um Superman 2 sem precisar de amarras!









Olha, eu vi o filme, assisti ripado pela internet com imagem tosca e tal. 
Mas sou fan do Henry Cavill até debaixo d'água e então não suportei esperar, até porque como já disse antes aqui na minha cidade não tem cinema =/
Enfim ... ADOREI o filme, recomendo. \o/
Assim como recomendo que vocês deixem um comentário sobre essa resenha maravilhosa do nosso colaborador Claudio.
Beijinhos cinéfilos e tracinhas, até a próxima postagem.











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9 comentários:

  1. Oi Vivi, Oi Claudio...
    Ai, que lindo *-* Eu adoro a perspectiva do Claudio com relação aos filmes, ri bastante do começo quando ele cita que tentava voar como o Superman O.o hahahahha
    Agora estou completamente arrependida de não ter assistido esse filme no cinema, a forma como o Claudio falou dele me deixou ainda mais curiosa, afinal quem não gosta do Homem de Aço? Um grande simbolo que marcou e marca várias gerações.

    Adorei *-* Parabéns pela resenha.
    Beijocas!

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  2. Ah! Vou aproveitar os comentários para falar sobre uma coisa muito importante e que eu esqueci de incluir no texto. A trilha sonora de Hans Zimmer ficou maravilhosa, mas eu senti uma falta danada da clarinada clássica de John Williams, que se tornou a música oficial de Superman ao longo dos anos,

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  3. Gente... quanto amor pelo amor pelo Superman. ahsuahaa
    Não curto muito super heróis.. sei lá, não gosto mesmo.
    Ótimo texto
    Abraço

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  4. Nossa Cláudio que post maravilhoso falando do nosso herói querido! Parabéns pelo texto excelente!
    Eu só assisti há dois filmes do Super Man, mas era tão criança que nem lembro qual deles foi. Só a série SmallVille é que consegui acompanhar 2 temporadas, pelo menos. Gostava mais dela, por ser mais jovial e perto da nossa realidade.
    Este novo filme do SM está me corroendo por dentro, primeiro pq ainda não o vi e segundo, pq tenho muitas expectativas sobre ele.
    Acho que ele promete ser uma das melhores adaptações do Super Man que terei a oportunidade de ver, pois os efeitos especiais estão incríveis (pelo menos no trailer) e eu surto com eles.
    Adorei querido. Bjokas

    PS: Bjus procê tmbm Vivi!

    www.lerepensar.com

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  5. Excelente post, vou concordar com a Gil! Acredita que não me lembro de ter visto algum filme do Superman? Só algumas poucas cenas de SmallVille e o desenho da Liga da Justiça. De todos os super-heróis ele é o que tenho menos interesse. Acho a história muito complexa, mas é porque nunca parei para conhecer ela por inteiro. Vou ver se assisto o filme novo já que é um início e não uma continuação me parece um bom gancho para conhecer a história do Superman. Fiquei ansiosa para ver agora!

    Abraços, Raquel.

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  6. Até hoje eu só assisti ao filme Superman : o Retorno, que eu gostei apesar de alguns pontos negativos. Com relação a esse novo filme eu ainda não assisti, mas estou bem curiosa. Ótimo texto!!

    *bye*

    http://loucaporromances.blogspot.com.br/

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  7. Oie Claudio
    excelente post. Não sou muito fã do super herói, mas gostei de ler algumas curiosidades sobre as antigas adaptações.
    Eu comecei a assistir o novo filme ontem, e também achei a representação de Kripton muito perfeita! Ainda não terminei, então não tem como eu dar uma opinião mais concreta, mas o pouco que vi gostei.ótima crítica
    bjos

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  8. Oi Claudio, oi Vivi.
    Eu gosto de Super Heróis, mas não sou muito fanática, mas meu irmão adora, vou contar para ele. Adorei o Post.
    Pretendo assistir o novo filme, e quem sabe esse mais antigo? :)
    Beijos,
    Yasmin
    deitadosnagrama.blogspot.com.br

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  9. Que post maravilhoso!!
    Parabéns
    Beijinhos
    Renata
    Escuta Essa

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