Resenha|| O Silêncio das Montanhas - Khaled Hosseini

   Boa tarde tracinhas!

Espero que vocês estejam bem.

Ando lendo muito, cada livro melhor do que o outro, por isso que as postagens deram uma parada, mas não esqueci de vocês não, ok?

Hoje venho com a resenha de "O silêncio das montanhas", um livro que vai encantar cada leitor de uma maneira delicada e diferente. Leiam e deixem suas opiniões nos comentários, escrevam-me o que esperam dessa obra do escritor Khaled Hosseini.

O Silêncio das Montanhas traz como protagonista os irmãos Pari e Abdullah, que moram em uma aldeia distante de Cabul, são órfãos de mãe e têm uma forte ligação desde pequenos. Assim como a fábula que abre o livro, as crianças são separadas, marcando o destino de vários personagens. Paralelamente à trama principal, Hosseini narra a história de diversas pessoas que, de alguma forma, se relacionam com os irmãos e sua família, sobre como cuidam uns dos outros e a forma como as escolhas que fazem ressoam através de gerações. Assim como em O Caçador de Pipas, o autor explora as maneiras como os membros sacrificam-se uns pelos outros, e muitas vezes são surpreendidos pelas ações de pessoas próximas nos momentos mais importantes. Segundo o próprio Hosseini, o novo título "fala não somente sobre a minha própria experiência como alguém que viveu no exílio, mas, também sobre a experiência de pessoas que eu conheci, especial os refugiados que voltaram ao Afeganistão e sobre cujas vidas tentei falar tanto como escritor quanto como representante da Organização das Nações Unidas. Espero que os leitores consigam amar os personagens de O Silêncio das Montanhas tanto quanto eu os amo". Seguindo os personagens, mediante suas escolhas e amores pelo mundo - de Cabul a Paris, de São Francisco à Grécia -, a história se expanda, tornando-se emocionante, complexa e poderosa. É um livro sobre vidas partidas, inocências perdidas e sobre o amor em uma família que tenta se reencontrar. 

Autor: Khaled Hosseini| Editora: Globo Livros| Páginas: 352 

Minha Resenha:

Quando a Globo livros divulgou que lançaria um livro do Khaled Hosseini eu exultei, autor dos livros O caçador de pipas e também do livro A cidade do sol, eu já estava saudosa de suas histórias maravilhosas. A escrita de Khaled é extremamente intensa, com carga emocional densa e forte, com personagens muito bem construídos, com dramas muito reais descritos de forma a nos deixar totalmente fora de nossa tão acostumada “zona de conforto”.

Não via a hora de começar a leitura e confesso que passei esse livro na frente de mais de quinze livros que estão na minha lista de leituras urgentes.

Sim, não podia esperar muito, de jeito nenhum, e não me decepcionei.

Mal li dez páginas e já estava com os nervos à flor da pele e cheia de sentimentos contraditórios, gotas de lágrimas cuidadosamente desviadas das páginas para não estragar meu livro.

Nessa obra o autor nos leva de volta a Cabul e suas redondezas (assim como para outros países), e conta sobre a vida de Abdullah e Pari. Ela com três anos e pouco de idade e Abdullah com treze. Irmãos unidos pela extrema pobreza e pela falta da mãe biológica que morreu de hemorragia no parto de Pari. 

Desde o momento que aspirou o ar no mundo Pari foi cuidada por seu irmãozinho de dez anos, Abdullah, era ele quem a fazia ninar para dormir, era ele quem trocava suas fraldas e seus lençóis sujos, e foi ele quem esteve junto dela nos seus primeiros passos. Seu pai era um homem trabalhador e muito calado, que só vivia para abastecer a família da melhor maneira que podia. Ficando viúvo ele se casa novamente com Parwana e com ela teve outros filhos.

Como eu disse antes, eles passam por tantas dificuldades que por um capricho maldoso do destino são separados e criados longe um do outro. Várias situações se sucedem e vários personagens secundários, mas não menos importantes são adicionados nessa trama incrível.

Parwana e Nabi (tio por afinidade de Abdullah e Pari) são personagens que trazem uma bagagem bem triste, porém fundamental para o desenrolar da vida dos personagens principais, e nesse desenrolar das coisas vão adentrando na história várias tramas e acontecimentos secundários, isso a meu ver é a marca registrada do autor, e quem o conhece e aprecia não vai estranhar ou achar que poderá causar confusão, pelo contrário, ao mesclar todas essas histórias de vida temos uma linda e poética saga ao final da obra. Hosseini, como uma parteira, retira do leitor algo inimaginável, algo lindo, que é o mergulho de cabeça na vida de pessoas que estão ali, em nossas mãos, de pessoas que são obra de sua imaginação, mas que também podem existir da vida real, na vida do povo do Afeganistão.

Nem por um instante consegui deixar o livro de lado, por vezes ficou difícil para eu respirar normalmente, pois as cenas que me vinham à mente com toda mensagem passada pelos personagens foi pesada, foi algo dilacerante. Mas eu amo isso, amo sentir esse peso de uma história, e todos aqueles que também gostam de serem abstraídos de suas costumeiras zonas comuns vão admirar e devorar esse romance.

Recomendo com louvor.

Meus leitores queridos, na verdade eu nunca me sinto capaz de resenhar com justiça livros que mexem tanto com meus sentimentos. Sempre acho que não me expresso com total ardor, as palavras não me surgem facilmente...enfim. Esse livro é maravilhoso, se tiverem oportunidade leiam O silêncio das montanhas.

Obrigada por estarem sempre aqui, por sua fidelidade ao Razão e Resenhas, até a próxima postagem, Beijão enorme!

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Tracinhas, não tenham medo de ler esse livro sem ter lido os outros do autor, "O silêncio das montanhas" não é continuação dos dois livros anteriores do Khaled Hosseini. Não se sentirão perdidos durante a leitura.