Resenha | Feitiço Da Sombra

Leitores, tudo bem com vocês?

Aqui em casa tudo bem, está chovendo, um tempo fresco propício à leitura, mas larguei meu livro da vez e corri aqui para resenhar para vocês.
O livro de hoje é o “Feitiço da Sombra”, segundo livro da Trilogia Primos O'Dwyer.
Resenhei o primeiro e vocês poderão conferir minha opinião aqui.
Vamos lá?

Feitiço Da Sombra - Nora Roberts - Livro Dois Da Trilogia Primos O'Dwyer

 Segundo livro da trilogia Primos O’Dwyer, Feitiço da sombra é uma emocionante história sobre os maiores poderes mágicos que existem: o amor, a amizade e a família. Connor O’Dwyer se orgulha de chamar o Condado de Mayo de seu lar. É lá que Branna, sua irmã, mora e trabalha e onde Iona, sua prima, encontrou o verdadeiro amor. Foi nessa terra que seus parentes e amigos formaram um círculo de proteção que nunca poderá ser rompido... Até que um beijo põe em risco a segurança de todos. Depois de um breve encontro com a morte, Connor e a melhor amiga de sua irmã se entregam um ao outro. Eles se dão bem desde a infância e, depois do tórrido encontro, o rapaz tem esperança de que esse relacionamento evolua. Para frustração dele, no entanto, Meara se contenta apenas com o prazer do momento, temendo se perder – e perder a amizade dele. Essa mudança em sua relação pode abalar o círculo e permitir que uma perigosa ameaça ressurja aos poucos, como uma névoa. Para detê-la, Connor precisará novamente da família e dos amigos para despertar a força e a fúria que correm em seu sangue. Quem sabe pela última vez.

Skoob  -  Editora Arqueiro 

Minha resenha

Se você leitor é fã de Nora Roberts, será quase impossível não comparar a trilogia O’Dwyer com algumas das obras mais antigas da escritora. A maneira como ela “empodera” suas personagens está presente entre as duas bruxas O’Dwyer e a amiga Meara, os personagens masculinos, esses, Nora os trás românticos e protetores.

No entanto, em Feitiço da Sombra a animação que senti ao ler o primeiro volume ficou a desejar. Infelizmente a história sofreu a maldição do segundo livro, se é que posso chamar assim.

O casal da vez foi o irmão bruxo Connor e Meara. Achei a história lenta, alguns trechos tão repetitivos que chegaram a ser enfadonhos. Não gosto de falar assim, mas realmente demorei a ler o livro por conta da lentidão dos acontecimentos. 

Nunca era hora de lutar, nunca era hora de o romance render e isso me deixou um tanto irritada.

Já sabendo que o caso de amor seria entre Connor e Meara, como já falei, eu esperava mais desse casal, visto que ele é bruxo e ela não. Algo tinha de render mais faíscas ali, e o que vi foi uma moça que reclamava o tempo todo da mãe e evitava se apaixonar por causa do pai, que abandonou a família quando ela tinha oito anos de idade. Um trauma desse não era desculpa, visto que Connor e os demais personagens a enalteciam como uma mulher forte e guerreira, e eles faziam isso o tempo todo... Enfim.

Mas fui lendo... Connor finalmente consegue uma noite de amor com a moça, às coisas rolam como esperado, ele é o garanhão e Meara tudo que ele sempre desejou, mas depois diz que não podem se amar e que tudo não passaria daquilo. O vilão, bruxo do mal Cabhan, espreita tudo que os seis fazem: Branna, Connor (irmãos), Iona (prima dos O’Dwyer), Finbar (bruxo que carrega a marca de Cabhan), Meara e Boyle (amigos de todos os O’Dwyer).

Ele ficou muito ferido desde o último encontro com os seis, mas está se fortalecendo e pretende acabar com os descendentes da bruxa da noite Sorcha.

Entre meio os anseios e problemas do casal Meara e Connor outros vão entregar-se a sua magia mais do que nunca. Eles resolvem se reunir ao menos uma vez por semana para estudar estratégias contra Cabhan. Pretendem acabar de vez com o feiticeiro e para isso precisam lutar com todas as forças.

Embora o foco fosse o romance, que surgiu assim meio improvável, pois ambos eram amigos desde a infância e não tinha nada que me fizesse acreditar que dali renderia algo concreto... Então, depois de um ataque de Cabhan contra Meara os dois se jogam...

Das reuniões o que salvou foram os pratos que Branna sempre preparava, eu lia aqui cheia de fome... rsrs. As lições de magia nunca são detalhadas demais. Eu que adoro esoterismo senti falta de algo, mas também não é o que atrapalha na fluidez de tudo. O que me deixou um pouco decepcionada foi à embromação de Meara, mas como leitora compreendo que isso faz parte.

Os ataques e a ação entre Cabhan com os demais é um tanto repetitiva, ele ataca, machuca alguns e saí detonado com o rabo entre as pernas. Não existe algo novo ou sobrenatural o bastante que tire o leitor da poltrona, no primeiro livro pelo menos tinha a novidade à surpresa da história do desconhecido.

Pois bem, não vou dizer mais nada, vocês precisam ler para saber como o casal fez para superar os traumas da mocinha e se vão conseguir fazer algo efetivamente feroz contra Cabhan.

Tenho que falar que o segundo núcleo da história, que é a história dos antepassados de Branna, Connor e Iona (filhos de Sorcha – Bruxa da Noite) dão o ar da graça e é um capítulo a parte. Quando a história é contada no tempo deles eu me deleito, acho muito legal. E nesse volume eles aparecem mais vezes, entrando nos sonhos de Connor de maneira bem real.

Termino a resenha recomendando o livro sim, pois faz parte da trilogia e tirando minha opinião um tanto negativa, confesso, é preciso saber da história de Connor. Além do mais estou ansiosa pelo terceiro livro, que já foi lançado pela Arqueiro. Quero muito saber o que vai acontecer com Finbar e Branna (a tensão entre eles nos livros um e dois é tremenda, palpável) e com o odioso Cabhan.