Entrevista || Marina Carvalho

 Boa noite tracinhas ~o~

Estou aqui fazendo dancinhas de alegria com a postagem de hoje.

Sim, consegui uma entrevista exclusiva com a autora Marina Carvalho, muito bacana não é?

Ela que  está lançando seu livro Simplesmente Ana pela nossa querida editora Novo Conceito.

Então agora vamos conhecer um pouco sobre essa brasileira que alçou voos e chega ao mercado literário com seu primeiro "filho", um livro que eu estou ansiosa para ler, numa expectativa super positiva, visto que já me apaixonei por sinopse e capa *.*

Olá Marina, tudo bem com você? Ansiosa com o lançamento do seu primeiro livro?

Olá, Viviane! Comigo está tudo ótimo, ainda mais agora, com a proximidade do lançamento de

“Simplesmente Ana”. Se estou ansiosa? E como! Faz praticamente um ano que venho tentando lidar com essa tensão. (risos)

O que a motivou a escrever? Qual a importância da literatura em sua vida? 

Eu escrevo desde pequena. Comecei lá pelos onze anos, devido à necessidade que tinha de extravasar meus pensamentos. Gostava de comprar cadernos bonitos, onde escrevia minhas histórias a mão e dava para minha irmã e minhas amigas lerem. Elas sempre caíam na risada depois. Não sei por quê. (risos)

A literatura é fundamental na minha vida, tanto que fiz jornalismo – para ficar o mais próxima possível das palavras –, e hoje sou professora de Língua Portuguesa e Literatura. Amo poder mergulhar numa leitura e relacioná-la a uma época, a um estilo de vida, conhecer lugares e tempos alcançáveis apenas por meio da leitura. Não sei viver sem os livros e tenho aqui na minha casa um cantinho especial para eles, uma espécie de templo sagrado, onde os clássicos e contemporâneos, nacionais e estrangeiros convivem harmoniosamente.

Sempre gostou de ler?

Sempre. Nem consigo me lembrar com exatidão de como minha relação com a leitura começou. Sei que o livro “O barquinho amarelo”, de Iêda Dias da Silva, o qual li aos seis anos, tem um enorme papel nessa história. Amei o enredo e as ilustrações, o que me instigou a continuar buscando outros títulos. Mas quem me arrebatou de verdade foi Maurício de Souza com sua Turma da Mônica. Minha mãe fez a assinatura das revistinhas para mim e eu as devorava em poucos minutos, sentindo um vazio terrível enquanto esperava a remessa do próximo mês. (risos)

Na pré-adolescência conheci os livros da série de bolso da Ediouro e foi paixão à primeira vista. Conheci Pedro Bandeira, Sulema Mendes, Pedro Bloch, Ana Maria Moretzsohn e tantos outros autores nacionais que definiram meu perfil enquanto leitora. Daí em diante meu gosto foi só ampliando, passando por Agatha Christie, Sidney Sheldon, abarcando tudo de bom que encontrava pelas livrarias e bibliotecas da vida.

Em qual gênero literário você classifica seu livro? E qual seu gênero preferido?

“Simplesmente Ana” é um romance romântico com um toque de conto de fadas. Não existe nada de fantástico ou sobrenatural nele, apenas o fato incomum de uma garota normal, uma mineirinha de BH, de repente se descobrir herdeira do trono de um país europeu chamado Krósvia.

Minhas escolhas literárias variam bastante. Gosto de romance (claro!), chick-lit, suspense, uma boa história policial, romance histórico, crônica (especialmente as de Fernando Sabino, Rubem Braga e Luís Fernando Veríssimo) e não vou negar que já li – e ainda leio – muito livro infanto-juvenil, além dos sobrenaturais. Ou seja, é melhor dizer do que não gosto, né? (risos) Autoajuda. Pronto, falei.

Como foi o processo de desenvolvimento de Simplesmente Ana?

Foi tranquilo. Antes de começar a escrever, fiz uma planejamento da história. Sabia o que queria de cada personagem, como procuraria desenvolver as cenas. Claro que durante o processo houve muitos desvios de caminho. Até porque fui acompanhada o tempo todo por minha grande amiga, Glauciane Faria, que leu cada página escrita com um olhar crítico e sincero. Ela me deu vários toques, desde no que se referia à estruturação de um capítulo até a cor da roupa do protagonista. Sem a Glauciane tudo teria sido muito mais difícil. Ela é e sempre será minha primeira leitora.

Achou difícil entrar no mercado literário, ser publicada?

Olha, posso dizer que foi um processo longo, mas não difícil. Assim que terminei de escrever “Simplesmente Ana”, no início de março de 2012, passei dias fazendo pesquisas sobre as editoras nacionais. Como leio bastante, conheço a linha editorial da maioria. Então listei aquelas que me interessavam mais e comecei os contatos. Nenhuma delas me disse “não”, mas tampouco me deram uma resposta, fosse positiva ou negativa. Enquanto isso, fiz um cadastro despretensioso na Novo Conceito e, duas semanas depois, eles solicitaram a obra completa para análise. Mais duas semanas de espera antes do retorno definitivo: meu livro havia sido aprovado! Isso aconteceu no dia 11 de abril do ano passado.

Olhando para trás, vejo que o tempo de espera foi longo. Mas valeu a pena, viu? Cada minuto que esperei pela publicação do meu livro valeu muito a pena, porque a Novo Conceito, como sempre, caprichou. O resultado superou minhas mais altas expectativas.

Marina, qual é a sua disciplina quando vai escrever um texto?

Não gosto de escrever tarde da noite. Odeio o silêncio sepulcral. Por ter dois filhos, minha casa está sempre em movimento. Já me acostumei com seus barulhos e convivo muito bem com isso. Portanto, quando estou desenvolvendo uma obra, aproveito os horários em que não estou na escola. À tarde, geralmente. Mas não delimito um tempo fixo. Às vezes fico umas quatro horas na frente do computador. Por outro lado, há dias em que só passo uma hora escrevendo. De qualquer modo, tenho que abrir meu arquivo e colocar palavras novas nele diariamente, senão acabo perdendo o fio da meada.

Você tem manias estranhas para se inspirar ao escrever? Passear em determinados lugares, viajar, estar com pessoas... 

Sou uma pessoa muito observadora. Capto tudo ao meu redor. Acho que enxergar o ser humano no seu dia a dia é minha maior inspiração. Não preciso de um cenário paradisíaco, nem de sair da rotina. Em compensação, me deixe uma tarde inteira na praça de alimentação de um shopping, no aeroporto ou no centro de uma cidade grande. Faço a festa. (risos)

Quais seus autores e livros preferidos?

Nossa! Gosto de tanta gente e de tantas obras! Para ser bem precisa, vou me focar numa preferência entre os clássicos e em uma dentre as histórias contemporâneas, certo? “Senhora”, de José de Alencar, e “O segredo de Emma Corrigan”, da Sophie Kinsella. Mas quero deixar registrado aqui que meu gosto é vasto e cabem muitos outros nomes em minha lista de “preferidos”.

Você é professora, conte-nos como incentiva seus alunos a lerem mais.

Lendo muito e comentando sobre os livros que li em sala. É sério. Percebo, cada dia mais, que não bastam excelentes projetos de leitura desenvolvidos pelas escolas para que os alunos passem a gostar de ler. Antes de mais nada é preciso dar exemplo. Não um exemplo forjado, forçado, mas genuíno, de coração. A meninada sente quando seu professor se empolga com algo e isso, por si só, é um grande motivador. Mas não apenas. Também exigimos leituras obrigatórias ao longo do ano – não dá para abrir mão –, mas procuramos incentivar a leitura deliberada, ou seja, o aluno escolhe o que quer ler e depois apresenta para seus colegas de sala. Esse projeto se chama “Desafio de Leitura” e funciona há quatro anos. Ele elevou substancialmente o índice de livros lidos na escola onde trabalho.

O que podemos esperar dos personagens de Simplesmente Ana, pode nos dar uma pequena prévia?

Ai... Sou tão suspeita para falar, porque eu simplesmente amo meus personagens. Sei que isso soa como corujice de mãe, mas não tem como me sentir de outra forma. Acredito que podem esperar muitas situações inusitadas entre eles, com uma dose de humor, um pouco de mistério, um draminha aqui e ali e, apesar da temática fantasiosa, até mesmo um pouco de verossimilhança com situações cotidianas. Acho que criei personagens com personalidade própria. Eles têm mais poder sobre mim do que o contrário. (risos)

Gostaria que deixasse um recado para os seguidores do Razão e Resenhas.

Em primeiro lugar, gostaria de agradecer imensamente o seu apoio, Vivi. Começar um projeto novo não é fácil, por isso esse tipo de incentivo é tão importante e bem-vindo. Sou uma apreciadora fiel dos trabalhos desenvolvidos pelos blogs literários. Leio, indico aos meus alunos, recomendo aos meus amigos. Parabéns por tudo o que tem feito pela literatura.

E para os seguidores do Razão e Resenha, deixo um grande abraço e expresso meu desejo de que apreciem “Simplesmente Ana”. Porque um autor não escreve um livro para ele mesmo. Todo esse trabalho é para vocês. Espero que gostem. ;)

Obrigada a todos!

 Blog da autora: Instante Literário

Muito obrigada Marina, por disponibilizar um pouco do seu tempo corrido e responder  a essa entrevista. Tenho certeza que os leitores do blog irão adorar.

Beijos e muito sucesso em sua carreira, tão iluminada.

Eu espero que vocês tenham gostado da entrevista tanto quanto eu adorei fazê-la com a escritora. Estou ansiosa pelo livro, entusiasmada de verdade. 

Já digo de cara que a Marina ´uma moça muto simpática, prestativa e generosa, mas isso vocês devem ter percebido pelo carinho de suas respostas ao Razão e Resenhas. 

Respostas essas que me deixaram com a "pulga atrás da orelha", doida pra saber da história gente...sou mega ansiosa² ...rsrsrsrsrsrs. Lembro que o livro será lançado em abril e fico querendo pra já =/

Então por hoje é só, até a próxima e deixem um comentário sobre o que acharam e um oi para Marina :)